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·7 Oktober 2025
Rodrygo relembra período fora da seleção e ressalta briga por vaga: 'Ninguém tem lugar garantido'

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·7 Oktober 2025
Rodrygo está de volta à seleção após seis meses. O atacante do Real Madrid ficou de fora das duas convocações iniciais de Carlo Ancelotti e teve o seu retorno confirmado para os primeiros amistosos após o fim das Eliminatórias para a Copa do Mundo.
Nesta terça-feira (7), o Rayo concedeu entrevista coletiva, após o primeiro treinamento em Seul, na Coréia do Sul, e falou sobre o período sem vestir a Amarelinha.
"Foi um longo tempo. Parecia uma eternidade estar longe da seleção. Foi difícil, passei por muitas coisas. Foi bom para refletir, esfriar a cabeça, botar a cabeça no lugar. Me sinto bem e pronto para entregar o meu melhor, a minha melhor versão", revelou Rodrygo.
"É um prazer estar com o Ancelotti, que é quem me ajudou muito, deu um "up" na minha carreira. Nas mãos deles, eu evoluí de nível. Foi um prazer encontrar com ele, falar o quanto é bom estar aqui, falar que é sempre assim e por isso que eu gosto tanto de vir. Foi um longo período, mas agora estou bem e espero ajudar com o meu melhor", completou.
Rodrygo atuou por quatro temporadas com Carlo Ancelotti no Real Madrid e juntos conquistaram duas Ligas dos Campeões, dois Campeonatos Espanhóis e um Mundial de Clube, além da Copa do Rei e Supercopa nacional e europeia.
Com o treinador italiano, o brasileiro também viveu sua temporada mais prolífera na Espanha, com 19 gols e 10 assistências, em 2022/23. Apesar das boas lembranças do passado, o atacante reconheceu que precisa seguir com boas atuações pelo Real para continuar sendo lembrado pelo italiano.
"Não estou com um pezinho lá. Ninguém tem lugar garantido e eu tenho que mostrar muito ainda, principalmente por confiar no meu potencial. Me cobro para estar cada vez melhor na seleção", afirmou o brasileiro.
"Claro que tem a trajetória com o Ancelotti, mas ele deixou claro que ninguém tem lugar garantido. É preciso jogar e estar bem no clube para seguir na seleção e chegar na Copa do Mundo", completou.
Rodrygo não atua pela seleção brasileira desde a goleada sofrida contra a Argentina pelas Eliminatórias, ainda sob o comando de Dorival Júnior. No reencontro com a Amarelinha e com Ancelotti, o atacante ressaltou o peso do técnico italiano.
"O Ancelotti é muito alegre, é bom de vestiário e essa é das principais características. Uma das primeiras coisas que ele me falou é que o ambiente aqui é muito bom. Essa alegria vai fazer a diferença para corrermos por ele e darmos o melhor", explicou.
"Quando você está em campo, olha para fora e vê o Ancelotti, tem um peso diferente. Até para os adversários, o pessoa respeita um pouco mais, passa uma credibilidade maior. Eu vou sempre rasgar elogios, é um cara que me fez crescer", destacou.
O treinador italiano terá mais dois treinos, nesta quarta e quinta-feira, para definir o time que enfrenta a Coréia do Sul na sexta, às 8h (horário de Brasília), no Seul World Camp Stadium. Após o primeiro compromisso, o Brasil embarca no domingo para Tóquio, onde enfrenta o Japão, terça-feira, às 7h30 (de Brasília), no Ajinomoto Stadium.
De amistoso, não tem nada. Desde que começaram as eliminatórias, todos os jogos já são como se estivéssemos na Copa do Mundo. Falo por mim, mas é o pensamento de todos os jogadores. Sabemos o quanto é difícil estar na Copa, quantos jogadores bons existem, e o pensamento é de dar o melhor todos os dias. Há muitos jogadores bons nessa geração e o pensamento de todos é chegar no melhor nível.
É uma coisa que ficou marcada negativamente na minha carreira e estou superando todos os dias. Tento não pensar, tento treinar e melhorar para quando tiver que bater de novo. Tenho personalidade e não me vejo fugindo da responsabilidade. Naquele vez, mesmo tendo jogadores mais experientes, eu me coloquei à disposição. Não saiu como eu treinava, como eu cobrava, e penso numa nova oportunidade. O que ficou para trás, não posso mudar. Se tiver uma nova oportunidade, é treinar e estar preparado para chegar lá e fazer.
Acho que estamos bem. Tivemos dificuldades, ainda temos, mas para estar bem é preciso passar por essas dificuldades e por esse processo. Participei boa parte do ciclo da Copa passada e talvez para muito estávamos mais preparados, mas é aí que vem o bom do futebol. Para muitos ganharíamos a Copa com um time melhor e não aconteceu. Agora, que todo mundo desconfia e não espera, pode ser que a gente ganhe. Essa tem que ser nossa esperança e motivação.