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·28 Oktober 2025

Safiel é lançada oficialmente e propõe reestruturação no Corinthians; saiba como foi

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  1. Por Henrique Pereira / Redação da Central do Timão

O Corinthians vive dias decisivos fora das quatro linhas. Na manhã desta terça-feira, 28 de outubro, o Pacaembu foi palco do lançamento oficial do projeto Safiel, iniciativa que pretende promover uma transformação completa na gestão administrativa e financeira do clube.

A proposta, desenvolvida de forma aberta e colaborativa ao longo dos últimos meses, foi apresentada em um evento que contou com vídeo institucional, leitura da carta de propósitos e discursos de três dos quatro idealizadores: Carlos Teixeira (CEO), Maurício Chamati (diretor de tecnologia) e Eduardo Salusse (diretor jurídico).


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Foto: Vinicius Lúcio/Central do Timão

Segundo os criadores, a Safiel nasceu com a missão de “ajudar o Corinthians a reencontrar seu caminho sem perder sua alma popular”. O grupo enfatizou os valores de transparência, profissionalização da gestão e participação ativa da torcida em todas as fases do processo. Uma proposta formal seria encaminhada ainda nesta terça-feira à diretoria do clube no Parque São Jorge, enquanto o conteúdo completo está acessível no site oficial do projeto.

Apresentada como uma iniciativa “transparente e participativa”, a Safiel é fruto de um longo período de discussões públicas envolvendo torcedores, jornalistas e influenciadores. A estrutura do projeto é sustentada por um livro técnico, que aborda as dimensões econômicas, jurídicas e políticas, e por uma carta de missão, visão e valores construída com a colaboração da torcida.

O propósito, segundo os criadores, é modernizar o futebol alvinegro, eliminar dívidas, resolver pendências relacionadas à Neo Química Arena e estabelecer um modelo de governança profissional e sustentável, garantindo voz e voto aos corinthianos.

A proposta prevê que o clube social continue independente, enquanto os ativos do futebol — masculino, feminino e categorias de base — sejam transferidos para uma nova empresa, gerida com padrões corporativos e supervisionada por auditoria externa.

O primeiro a se apresentar foi Carlos Teixeira, CEO do projeto e empresário do setor de tecnologia. Ele frisou que a Safiel nasceu “como uma iniciativa de torcedores para torcedores, sem vínculos políticos ou econômicos.”

Teixeira explicou que todo o material foi desenvolvido de forma pública, justamente para “abrir as portas” do debate sobre o futuro do Corinthians. O executivo ressaltou que o livro completo e a carta de propósito estão disponíveis online, reforçando o compromisso com a transparência.

Segundo ele, o objetivo é uma transformação “de dentro para fora, feita com clareza e participação”, capaz de “devolver o Corinthians ao seu povo, com uma estrutura que respeite a tradição, mas esteja preparada para o futuro.”

Na sequência, Maurício Chamati, fundador do Mercado Bitcoin e diretor de tecnologia da Safiel, compartilhou sua trajetória como torcedor e destacou que sua vivência no mundo corporativo o levou a buscar soluções concretas para o clube.

Ele lembrou tentativas anteriores de colaboração e explicou que a Safiel surgiu da percepção de que o Corinthians precisava de um “pacto de companheirismo” entre inovação e história. Durante o discurso, afirmou que “a Safiel não é uma transação financeira, é um pacto com o Parque São Jorge, com o objetivo de devolver ao Corinthians autonomia, dignidade e futuro, sem tirar nada — apenas devolver o que é do clube por direito.”

Para Chamati, o projeto une tradição e tecnologia como instrumentos de inclusão. Entre as inovações, está o plano de um “superapp do sócio-torcedor”, que permitirá acompanhar metas esportivas e financeiras, aproximando ainda mais a Fiel das decisões do clube.

Encerrando as apresentações técnicas, Eduardo Salusse, advogado e diretor jurídico do projeto, detalhou a estrutura societária proposta. Ele explicou que a ideia é criar uma empresa chamada Safiel, que reuniria todos os ativos do futebol corinthiano — direitos federativos, categorias de base, futebol feminino, patrocínios e licenciamentos.

Essa empresa teria como parceira a Invasão Fiel, entidade formada por torcedores investidores que fariam aportes financeiros e receberiam ações com direito a voto, evitando a concentração de poder em poucos grupos.

De acordo com Salusse, a captação prevista é de até R$ 2,5 bilhões, com meta mínima de R$ 1,6 bilhão, destinados à quitação de dívidas e novos investimentos. O projeto inclui ainda conselhos de governança, auditoria externa e mecanismos rigorosos de transparência, além de garantir repasses mensais ao clube social.

Em tom firme, ele destacou a urgência da iniciativa: “Nossa dívida cresce um milhão de reais por dia. Estamos com transfer ban da FIFA, risco de intervenção judicial e uma reforma tributária que tornará o modelo SAF mais vantajoso. O Corinthians precisa agir agora, antes que as portas se fechem.”

O advogado acrescentou que os próximos passos envolvem a entrega oficial da proposta, seguida de análise e debate interno. Caso seja aprovada, o plano poderá ser formalizado por meio de um memorando de entendimento e, posteriormente, submetido à Assembleia de Sócios, que dará a palavra final.

Um dos momentos mais comentados do evento foi o discurso da conselheira vitalícia Miriam, que demonstrou entusiasmo e franqueza ao apoiar a Safiel. Ela lamentou a ausência do presidente do clube e cobrou que os críticos apresentem alternativas concretas:

“Bom, primeiro eu queria dizer que eu estou muito empolgada com esse projeto e queria dizer para vocês também que eu estou muito triste pelo fato do presidente não estar aqui, porque aqueles que criticam esse projeto não têm nada melhor a oferecer. Então eu gostaria que viessem uma contraproposta para que a gente dissesse que nós não temos que aderir à Safiel. Eu estou muito à vontade com tudo isso, inclusive por conta do Maurício, porque eu sempre fui contra Safiel. Aqui eu só vejo dois conselheiros vitalícios, eu e o Manoel Sintra.”

Em seguida, Miriam afirmou estar disposta a renunciar à sua condição de conselheira vitalícia, caso isso beneficie o clube, e rebateu o rótulo de que os vitalícios seriam um obstáculo à modernização:

“O Manoel Sintra também é conselheiro vitalício do Corinthians e eu não estou preocupada de perder a minha carteira (…) porque a maioria da imprensa, a maioria da torcida diz que os vitalícios são o câncer do Corinthians. Se eu tiver que entregar hoje a minha carteira para o bem do Corinthians eu estaria entregando, porque eu acho que nós temos que trabalhar para o Corinthians.”

Por fim, ela reafirmou seu apoio à Safiel e à necessidade de mudança: “A carteira hoje não nos faz falta, porque nós não temos poder de decisão. Nós não temos, então, a necessidade de termos carteira. Agora, no momento em que a gente encontra uma proposta como essa, onde eu como corinthiana e todos vocês querem ver o time crescer, querem ver as nossas ações valorizarem, eu sou o Safiel.”

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