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·23 Oktober 2025

Sala de treinamento cognitivo no CT aprimora performance mental de atletas do Corinthians

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  1. Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

O Corinthians passou a contar, no CT Joaquim Grava, com uma estrutura inédita para o futebol brasileiro: uma sala de treinamento cognitivo equipada com luzes piscantes, telas interativas, óculos de realidade virtual e atividades guiadas por tecnologia. O espaço, inaugurado em maio ao lado da academia, tem como propósito aprimorar a performance mental dos atletas por meio de métodos científicos e tecnológicos.

Os detalhes da ferramenta foram divulgados pelo portal ge.globo, que ouviu Lulinha Tavares, que coordena o espaço acompanha a delegação em dias de jogo, levando atividades cognitivas aos vestiários: “Hoje se encara a parte mental não somente como cuidado da saúde. Alta performance não tem nada de saúde mental. O que se exige é performance mental.”


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Foto: Reprodução/Corinthians TV

Ele prosseguiu: “Performance mental se divide em duas partes: o atleta se autoconhecer, se autorregular e controlar a ansiedade, a respiração e os batimentos cardíacos, assim como treinar aspectos como atenção, reação, visão periférica e controle de impulsividade, o que auxilia na tomada de decisão, que é a nova fronteira de desenvolvimento do atleta.”

Os exercícios realizados incluem óculos que bloqueiam a visão em áreas específicas, forçando o cérebro a “completar” a imagem e estimulando a neuroplasticidade. “Hoje se sabe que, por neuroplasticidade, você consegue capacitar o neurônio, para a velocidade de reação do atleta ser muito mais rápida. O que isso dá nele? Confiança e autocontrole. É criada uma dificuldade, e esse atleta encontra soluções”, detalha o preparador mental.

Além das tradicionais avaliações fisioterápicas e da ativação física antes dos treinos, parte dos jogadores do Corinthians já aderiu ao novo espaço de forma voluntária. Entre eles, estão Yuri Alberto, André Ramalho, Cacá, Felipe Longo e Gui Negão, este último líder no exercício “toque rápido” — competição em tela interativa em que já atingiu 114 pontos e um tempo médio de reação de 526 milissegundos por toque.

“Antes eu tinha medo de ir lá. O pessoal que fazia era mais experiente e eu tinha receio de ir e fazer errado. Mas hoje eu acho muito importante para os treinos e os jogos, ajuda na concentração, na atenção e na tomada de decisões”, conta Gui Negão.

Yuri Alberto destaca a evolução mental da equipe: “Eu estou melhorando bastante meu foco, porque a gente está fazendo bastante coisa bem positivas com o Lulinha”. Ele complementa: “Tem sido muito positivo para nós isso. Eu já tenho hiperfoco dentro do jogo, mas, para alguns que não têm, poder treinar controle de impulsividade, agilidade e reação, tem sido muito positivo para nós. Todos os dias, grande parte do grupo tenta passar ali para fazer algumas coisas para poder estar com a cabeça mais ativa para a hora do treino.”

O projeto é visto como estratégico pelo executivo Fabinho Soldado, que afirmou: “Comprovadamente o futebol de alto rendimento é de detalhes, e esse departamento vem para ajudar para que os atletas possam, com o treinamento mental, terem foco maior a cada jogo. E que o clube consiga, ao final, ter um atleta melhor preparado para ajudar o Corinthians em busca de seus objetivos.”

A expectativa é que, já no próximo ano, sejam incluídos testes cognitivos nas avaliações de pré-temporada, somando-se aos exames médicos e físicos e permitindo um monitoramento mais preciso da evolução dos atletas. Victor Cavallari, psicólogo do esporte e fundador da Sensorial, empresa parceira responsável pelos equipamentos do novo espaço, argumenta:

“Cada vez mais os profissionais do esporte têm trazido a neurociência como ponto diferencial para o dia a dia de trabalho. A próxima evolução do esporte é a evolução neurocientífica. É explorar mais a capacidade cognitiva, porque o corpo já está chegando ao limite. Sono, nutrição, fisiologia, recuperação física, treino de força, treino de potência, tudo isso já vai chegar no limite. Só que a gente não explorou muito o cérebro ainda. Chegou a era do cérebro.”

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