Gazeta Esportiva.com
·18 November 2025
Veja o que foi dito em conversa da Gaviões com presidente do Corinthians

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·18 November 2025

O caos político nos bastidores do Corinthians trouxe uma nova mobilização por parte da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada alvinegra. Integrantes da uniformizada estiveram presentes no Parque São Jorge, sede social do clube, e se reuniram com o presidente Osmar Stabile.
Membros da Gaviões da Fiel estiveram no Parque São Jorge no último sábado e entregaram uma carta às principais chapas políticas do Corinthians. Os uniformizados conversaram com conselheiros e pediram união neste momento delicado vivido pelo clube, especialmente fora de campo.
Posteriormente, os organizados se encontraram com Osmar Stabile, que também recebeu a carta assinada pela Gaviões e por outras cinco uniformizadas do Corinthians: Camisa 12, Pavilhão 9, Estopim da Fiel, Coringão Chopp e Fiel Macabra.
Segundo apuração da Gazeta Esportiva, o principal tema da breve conversa foi a necessidade de união entre todos os setores, seja político ou não, para tirar o clube da atual situação. A Gaviões pediu harmonia entre dirigentes da situação, oposição, torcedores e todos que querem, de alguma forma, ajudar o Corinthians.

(Foto: Divulgação/Gaviões da Fiel)
Na carta entregue a Stabile e outros conselheiros do Corinthians, a principal organizada do Timão exigiu que o clube marque uma reunião oficial com “todos que já apresentaram projetos de governança”. A uniformizada definiu o prazo de resposta para as 00h (de Brasília) desta sexta-feira (21).
A reportagem apurou que a intenção da Gaviões com o encontro proposto é reunir todos os interessados em uma sala para debater soluções para as dificuldades enfrentadas pelo Corinthians, seja para o caminho que for.
Recentemente, a dívida do Corinthians atingiu o patamar de R$ 2,7 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o Timão gastou mais do que o previsto no orçamento e registrou um déficit de R$ 60 milhões. O clube planejou, no início do ano, R$ 329.315 milhões em despesas líquidas, mas atingiu R$ 424.872 milhões.
Além disso, os bastidores políticos fervem desde o início do ano com o caso VaideBet e a posterior destituição de Augusto Melo. Enquanto isso, o próprio Augusto, além dos ex-presidentes Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves, estão sendo investigados, tanto internamente como pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo) por supostos gastos pessoais indevidos à frente do clube.
Uma possível solução, porém, ganhou força no Corinthians recentemente. Quatro empresários lançaram a SAFiel, que prevê a transformação do Corinthians em uma SAF, com gestão profissional, administrada pelos torcedores. O projeto já foi apresentado a Gaviões, que convocou seus associados para entenderem mais sobre o modelo em reunião na próxima quarta-feira.
A transformação do Corinthians em uma SAF é vista por alguns, sobretudo entre torcedores, como uma das principais soluções para o clube a curto prazo. A SAFiel, neste momento, é o único projeto para transformação em uma sociedade anônima do futebol na mesa do Conselho Deliberativo e da presidência do Timão.
O projeto já foi apresentado e entregue ao presidente Osmar Stabile e ao presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Junior. No entanto, a SAFiel sofre rejeição muito grande nos bastidores do Parque São Jorge, sobretudo entre membros do CD.
Conforme apurado pela reportagem, a tendência é que a proposta não seja sequer debatida nos bastidores do Corinthians neste momento. A diretoria aguarda que os questionamentos feitos pelo compliance sejam respondidos para, então, começar a discutir a proposta. No último dia 10 de novembro, o departamento identificou algumas ‘red flags’ (termo em inglês para sinalizar “sinais de alerta”) no projeto e apontou a necessidade de esclarecimento em alguns pontos.
A manifestação do compliance levou alguns conselheiros do Corinthians a recuarem em relação ao projeto da SAFiel. Outro projeto que caminha simultaneamente nos bastidores é a reforma do estatuto, que também tem gerado conflitos internos. Romeu Tuma Jr. está sofrendo pressão interna para que o projeto apresentado na semana passada não seja colocado para votação do Conselho neste momento. Ele, no entanto, insiste e pretende levar o texto para discussão no plenário mesmo assim.
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