Revista Colorada
·10 Januari 2025
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Em entrevista ao jornal Exame, o vice-presidente de futebol do Internacional, José Olavo Bisol, abordou os desafios e os impactos das SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol) no cenário financeiro dos clubes brasileiros.
Bisol reconheceu que os números financeiros dos clubes realmente aumentaram, mas alertou para a complexidade da questão: “Sim, de fato os números se elevaram, mas não vejo somente essa questão como preponderante para as dificuldades financeiras que se apresentam”, afirmou.
Para o dirigente, as SAFs, por si só, não são uma solução definitiva. Ele destacou a necessidade de uma compreensão mais profunda sobre os diferentes modelos e os resultados variados que essas iniciativas têm mostrado no Brasil:
“As SAFs não são uma solução em si, até porque existem diversos modelos e ainda precisam ser mais estudadas e compreendidas. Basta ver que as que existem no futebol brasileiro, nem todas têm o mesmo resultado. Ao contrário, poucas deram resultado”.
Bisol também chamou atenção para a importância de se discutir o fair play financeiro, a fim de evitar a irresponsabilidade nas finanças dos clubes: “Como alternativa, é preciso discutir o fair play financeiro para que não gere irresponsabilidade nas finanças, conectado ao faturamento do clube”.
Ele ressaltou que, além de olhar para as mudanças externas, os clubes precisam focar em melhorias internas: “Muito além de olhar para fora, os clubes precisam melhorar suas governanças, inovar na gestão dos ativos, conectar cada vez mais com o torcedor e buscar aumento de receitas.”
Por fim, o vice-presidente do Inter enfatizou que a chave para um futuro financeiro saudável e competitivo no futebol está na criatividade e na busca por equilíbrio: “No futebol, sermos mais criativos e efetivos, buscando equilíbrio financeiro e competitivo”.