
Gazeta Esportiva.com
·6 Oktober 2025
Vídeo Suporte: veja explicações e opiniões sobre a ferramenta usada na Copa Paulista

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·6 Oktober 2025
A Copa Paulista de 2025 trouxe uma novidade para o futebol brasileiro. Trata-se do Vídeo Suporte. A ferramenta começou a ser usada nas semifinais e também está presente na final, entre Primavera e XV de Piracicaba. A Gazeta Esportiva esteve no Moisés Lucarelli, neste domingo, e acompanhou de perto o sistema.
Cabine do Vídeo Suporte (Foto: Rodrigo Matuck/Gazeta Press)
O Vídeo Suporte foi usado apenas uma vez, já na reta final do segundo tempo. O técnico do XV de Piracicaba, Moisés Egert, pediu desafio para um possível pênalti. Ele, então, entregou um cartão para o quarto árbitro, que chamou o árbitro principal para rever o lance.
Diferente do VAR, que é usado no Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores, não há um árbitro assistente de vídeo. O juíz de campo não conversa com ninguém além do quarto árbitro. Ele apenas recebe as imagens no vídeo e define o que irá marcar.
Tela em que o árbitro revisa os lances no Vídeo Suporte (Foto: Rodrigo Matuck/Gazeta Press)
Gabriel Henrique Meira Bispo (SP), responsável por apitar o jogo de ida da final, entendeu que não houve pênalti na jogada questionada pelo XV de Piracicaba e nada marcou. O próprio técnico do time visitante reconheceu que não houve nada. Assim, o duelo terminou 1 a 0 para o Primavera.
Cada clube recebe dois cartões de desafio para serem usados ao longo dos 90 minutos. Se a decisão inicial for alterada, o quarto árbitro devolve o cartão de solicitação de revisão. Agora, se a decisão inicial for mantida, não é devolvido o cartão.
O desafio pode ser solicitado em casos de gol ou não gol, pênalti ou não pênalti, cartão vermelho direto e erro de identidade. O responsável técnico oficializa o pedido girando o dedo no ar ou entregando o cartão de revisão ao quarto árbitro antes do reinício do jogo.
Cartão dado aos clubes para pedir o desafio (Foto: Rodrigo Matuck/Gazeta Press)
Tanto o técnico do Primavera, Fernando Marchiori, quanto o do XV de Piracicaba, Moisés Egert, estão gostando da nova ferramenta.
“Sou a favor. Sou a favor da tecnologia, que o técnico consiga rever o lance e, se existir um erro, ele consiga isso. Queira o VAR, mas acredito que esse desafio de vídeo, que é mais reativo, faz o jogo andar mais. Está funcionando e acredito que vai funcionar. Usou hoje, mas realmente não foi pênalti”, disse Egert.
“Acredito que é uma boa (VAR). É ótimo. A federação acertou. O jogo fica dinâmico, mais prático e rápido. Com o passar do tempo, você vai precisar ter mais posicionamento de câmera, para que haja mais agilidade. Hoje foi rápido, simples e claro. Se for para ganhar dinamismo, velocidade e ter mais tempo de bola rolando, é muito válido. Pouco a pouco você tem que ir educando os atletas também por que a informação tem que ser muito fidedigna. Muitas vezes você está longe e não consegue ver. Isso é muito importante. Se vai pedir, mas não foi, por que você vai gastar?”, declarou Marchiori.