Vitória jogando muito bem e que dá até uma (pequena) esperança de coisa maior pro Grêmio, hein?

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JB Filho Repórter

·20 November 2025

Vitória jogando muito bem e que dá até uma (pequena) esperança de coisa maior pro Grêmio, hein?

Olha, vai abrir G8 e o Grêmio está a dois pontos do oitavo colocado. Na rodada, pode ficar a três pontos da possível vaga, no melhor cenário (depende do Corinthians e São Paulo). Além disso, pode abrir G-9 se o Galo ganhar a Sul-Americana.
Gente, numa dessas, pode ter uma vaga culposa para a Libertadores, hein? Sim, culposa é quando não se tem a intenção de cometer tal ato. Então, explico que muita gente brinca com isso de “ganhou uma vaga culposa”, que é quando não se tem a intensão de ganhar. Se rolar, vai ser o caso.
Ok, mas sendo bem pé no chão, o negócio foi se garantir na Série A e saber que vai pra Sula.
Mano teve que fazer algumas alterações. Cristaldo na do suspenso Edenilson, Pavón na do Alysson, que teve mal gripe e não estava 100%, e o Wágner Leonardo por critério técnico na do Kannemann. Oficialmente, a versão foi que o Vasco tocava a bola e o Wagner se posiciona mais. Extra-oficialmente, a gente sabe que o Kannemann estava mal nas últimas partidas e a troca era necessária.
E o Grêmio começou jogando bem desde o começo. Com dois minutos, o Cristaldo estava na cara do gol e só parou no Léo Jardim. Aliás, ele salvou outras duas vezes, ainda no primeiro tempo.
O estranho desse jogo foi o Grêmio não ter feito o placar ainda no primeiro tempo. O Domínio era completo gremista.
O Grêmio foi superior em tudo no Vasco. Mesmo que o time do Diniz tivesse mais posse de bola, o controle da partida era gremista. O número de finalizações (24 contra 5) foi gigantescamente maior. O número de bolas roubadas também (18 contra 8).
Um ponto a destacar foi a entrega dos jogadores ao jogo. Seja para disputar cada bola ou pela disciplina tática que tiveram. A marcação com uma linha de quatro defensores, o Dodi na frente da zaga, mais uma linha de quatro no meio, deixando só o Carlos Vinícius no ataque, foi muito disciplinada. E, claro, não deu chance do Vasco entrar. A sensação é que eles poderiam trocar mais 500 passes que não entrariam. Chance clara mesmo só tiveram uma que o Rayan cruzou e o Vegetti cabeceou livre na área. E deu.
Cristaldo foi muito melhor do que vinha sendo até então. Muito melhor mesmo. Quero focar nessa avaliação positiva. Acho que é justo. Porém, não posso deixar de registrar que perdeu dois gols cara a cara com o goleiro. Fica o registro.
Nessa linha, o Pavón também fez uma atuação de um bom nível. É dele o cruzamento para o segundo gol.
A vitória tem um grande nome: Carlos Vinícius. O gol é de camisa 9 que é artigo raro no futebol. O cara que domina, gira e bate. Tudo isso em uma fração de segundo. Só que não foi apenas o gol. Toda jogada de ataque tinha ele como protagonista segurando a zaga, fazendo parede, sendo pivô e tudo mais. Pra mim, melhor em campo.
Amuzu fez um gol, mas a avaliação é na mesma linha do Carlos Vinicius. Porque ele já estava jogando bem antes de marcar. Não foi um lance isolado. A bola do Amuzu até demorou pra entrar. Ele estava tentando e tentando. Foram seis finalizações. Uma hora encaixou e o gol saiu. E que belo gol, toquinho matador na saída do goleiro.
Ah, o Dodi roubou a bola e deu o passe pro Amuzu acalmar um jogo que começava a ficar tenso. Eu insisto, sou muito fã do Dodi. Baita jogador. Se tivesse 1,80cm, não se teria nenhuma dúvida sobre ele. É um baita primeiro volante.
Mano tem o mérito de fazer esse time jogar futebol. As ideias dele estão todas em campo. Seja de um ponta que caiu por dentro (Amuzu), do Pavón ganhando mais moral e sendo mais agudo, indo pra dentro na ponta ou até de proteger Arthur para poder jogar. Esse mérito é inegável. Registro apenas que chegou uma hora que o Mano tirou o meia e ficou com três volantes em campo (Dodi, Cuéllar e Camilo). E ali ficou meio tensa a coisa. Com algum risco do Vasco crescer. Por mérito do Dodi e do Amuzu, não aconteceu.
Enfim, vitória que anima pelo futebol disputado. Agora, precisa manter a consistência nos últimos quatro jogos. Acho que esse nível de atuação deverá renovar o contrato do Mano.