A única novidade com LuÍs Castro, os dois nomes “descartados”, joia olhada por ingleses e Kike na mira pra sair
A principal notícia da semana é a confirmação de Paulo Pelaipe como o novo diretor-executivo do Grêmio. O dirigente já se despediu oficialmente do Cruzeiro, não permanecendo sequer para uma possível decisão de Copa do Brasil, o que sela sua chegada ao Tricolor Gaúcho para reorganizar o departamento de futebol.
O foco da diretoria agora se volta para a contratação de um novo comandante. O nome de Luis Castro ganhou notoriedade, e o técnico foi procurado pela direção gremista. O próprio Castro demonstrou interesse em avançar, alinhado à realidade do futebol brasileiro – citando a realidade de salários como os R$ 2 milhões que ganhava no Botafogo, e o desejo de ter gestão de base e projeto. A negociação, no entanto, é complexa e não avançou desde o primeiro contato, na metade da semana passada, devido a compromissos pessoais de Castro. Com Luis Castro, a conversa não é apenas financeira. Trata-se de um projeto de gestão que envolve o controle da base e de diversas áreas do futebol, o que exigiria que o manager do Grêmio cedesse essa chave ao treinador. A direção terá que ter um bom poder de convencimento para mostrar o projeto, e não há nada tão avançado a ponto de confirmar a contratação. Esta semana será decisiva, com novas conversas e reuniões agendadas para tentar uma evolução na contratação, sendo que o técnico Mano Menezes já não é mais o nome principal da nova diretoria, com Luis Castro estando em uma lista de prioridades à frente dele.
O foco da diretoria se divide entre o campo e o mercado. O Grêmio tem um reforço que estaria mais perto de ser anunciado, que é o goleiro Weverton. Ele já foi contatado, procurado, e a diretoria nova conversou com o staff do jogador, estando “mexendo os pauzinhos” para finalizar essa contratação.
Entretanto, alguns nomes de peso estão praticamente descartados por questões financeiras. Um exemplo é Everton Cebolinha, que confirmou ter sido procurado por seis clubes do Brasil (entre eles Palmeiras e Grêmio) e um da Turquia. Apesar do interesse, os dirigentes gremistas tratam a negociação como impossível e descartada. O motivo é o alto custo: o Flamengo pediria US$ 8 milhões de dólares pela liberação, e o Cebolinha teria um salário de R$ 2 milhões de reais, valores que o Grêmio não tem ou não pretende pagar para um jogador neste momento. Também por isso, o nome de Hulk esfriou. O atacante deu uma declaração pública mostrando descontentamento com o técnico Sampaoli no Atlético-MG (sentindo-se isolado e jogando de costas), mas a direção gremista avaliou o nome e decidiu não avançar, citando questões financeiras e a idade avançada do jogador (próximo dos 40 anos) como impeditivos.
O mercado europeu está de olho nas categorias de base do Grêmio. O jornal As da Espanha noticiou que, durante o Mundial Sub-17 disputado recentemente, tanto o Manchester United quanto o Chelsea observaram o zagueiro Luiz Eduardo, de 17 anos. O staff do atleta confirmou que houve contato para buscar informações sobre o contrato, o salário e os planos de carreira do jovem, caracterizando um monitoramento intenso. Apesar do forte interesse, o Grêmio está protegido: a multa rescisória de Luiz Eduardo é de 60 milhões de euros, e seu contrato com o clube vai até o final de 2028.
Em outras movimentações do mercado sul-americano, influenciado pelo aquecimento financeiro dos clubes uruguaios, o Nacional manifestou o desejo de contratar Kike Oliveira, que já demonstrou ter muita vontade de jogar pelo clube uruguaio. O Grêmio só fará negócio se os valores forem satisfatórios, mas a negociação ainda não está estabelecida. Já o Peñarol sinalizou que fará a compra definitiva de Arezo por US$ 4,5 milhões de dólares. O mercado uruguaio se fortaleceu com a renovação do contrato de TV do campeonato local por US$ 54 milhões de dólares para a transmissão, além de novos contratos com fornecedores esportivos.