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·18 marzo 2025

Alexandre Pinto da Costa lamenta: “Esteve mal acompanhado nos últimos anos de presidência”

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Alexandre Pinto da Costa, filho de Jorge Nuno Pinto da Costa, proferiu palavras impactantes na gala ‘O Gaiense’, que teve lugar na noite de segunda-feira em Vila Nova de Gaia. O agente de jogadores, após a homenagem ao pai, fez um discurso que abordou temas do passado.

«O que me levou a discordar do presidente do FC Porto não foi o dinheiro nem o que ele possuía, mas a má companhia que teve nos últimos anos da sua presidência. Quando o avisei, de forma clara, sobre os riscos que corria devido a essas decisões, acabei por me afastar do presidente, mas nunca do meu pai, que sempre apoiou quando necessitou de mim», começou por afirmar, continuando.


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«Estive afastado de qualquer atividade do clube, tanto desportiva como social, durante anos. O meu objetivo foi evitar que o que, infelizmente, se concretizou, acontecesse, de forma a que não saísse da instituição que tanto amou da forma que saiu», acrescentou.

Recordando a «apoteose que recebeu no Estádio do Dragão», Alexandre Pinto da Costa expressou a sua «gratidão e reconhecimento de todos aqueles que tanto fez pelo FC Porto», ao mesmo tempo que se referiu aos «pares que o acompanhavam», a quem reconhece «características que não me atrevo a descrever».

«Quem ama de verdade avisa sobre o precipício. Quem ama de verdade não se precipita de mãos dadas com a sua paixão. Foi isso que eu fiz», referiu.

Durante o discurso, Alexandre Pinto da Costa anunciou que irá doar ao FC Porto, sem «interesse financeiro ou compensação futura», a parte do acervo desportivo que o pai lhe deixou «após o apuramento da divisão legal».

O discurso«Quero expressar a minha gratidão a todos os milhares de anónimos que marcaram presença no velório e funeral do meu pai. A quantidade de pessoas e a emoção que se fez sentir foram indescritíveis e todos sentiram essa eterna despedida. Muitos deles estão aqui e, em meu nome, agradeço pelo apoio e carinho que recebi de todos. A todos os representantes de diversas instituições, desportivas, religiosas, políticas e governamentais, mas, acima de tudo, aos milhares de anónimos que se deslocaram para prestar a sua última homenagem ao maior presidente de todos os tempos, um sincero agradecimento do fundo do meu coração.

Quero aproveitar para esclarecer que, ao contrário do que foi afirmado, eu ou os meus representantes legais nunca estivemos em negociações com o FC Porto sobre o nome do meu pai para o museu do clube, com o intuito de obter royalties ou qualquer compensação. Isso é totalmente falso. Ninguém, nem eu nem qualquer pessoa por mim, poderia tratar de algo que não é da minha vontade. Assim, gostaria de tornar clara a minha intenção de, como herdeiro legítimo de parte do património do meu pai e após o apuramento da divisão legal, doar ao FC Porto o acervo desportivo que ele tanto valorizou, que sempre guardou com carinho ao longo das décadas. Esta doação será feita sem qualquer interesse financeiro ou compensação futura. Esta é a minha intenção, e tenho a certeza de que ele ficaria satisfeito com a minha decisão.

O que me motivou a apoiar o meu pai em momentos difíceis não foi dinheiro ou bens materiais. Também não foram essas questões que me levaram a discordar do presidente do FC Porto, devido à sua má companhia nos últimos anos. Quando o alertei sobre os riscos que corria devido a decisões erradas, acabei por me afastar do presidente, mas nunca do meu pai, que sempre esteve ao meu lado quando necessitou. Estive afastado de qualquer atividade do clube durante anos, com o objetivo de evitar que o que, infelizmente, se concretizou, acontecesse, de forma a que não saísse da instituição que tanto amou da forma que saiu.

A ovação que recebeu no Estádio do Dragão, no dia após a sua derrota nas eleições, e a grandiosidade das cerimónias, são um testemunho do amor, reconhecimento e gratidão de todos aqueles que ele tanto fez pelo FC Porto, mas que, infelizmente, não teve a aprovação da maioria, que reconheceu nos seus pares características que não me atrevo a descrever.

Quem ama verdadeiramente avisa sobre o precipício, não se precipita de mãos dadas com a sua paixão. Foi isso que fiz. O meu pai foi sempre reconhecido como o presidente dos presidentes, porque realmente o foi. A sua memória, o seu raciocínio brilhante, a sua astúcia e a sua dedicação ao FC Porto serão sempre lembradas. Peço desculpas aos outros presidentes com quem trabalhei, mas nunca conheci um presidente com as suas capacidades. Foi o maior de sempre e não haverá outro como Pinto da Costa.

Para concluir, agradeço a todos os presentes e aos que, mesmo não aqui, estão com ele. Esta homenagem, que é feita com grande orgulho ao meu falecido pai, é merecida. Parafraseando o meu saudoso pai, despeço-me com a frase que tantas vezes proferiu como um presságio: “Largos dias têm 100 anos”»

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