AVANTE MEU TRICOLOR
·27 ottobre 2025
AME-O OU DEIXE-O: Muito além do gol 100, os números já colocam Luciano na história do São Paulo

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Luciano precisou de 313 jogos para alcançar um número reservado a poucos na história do São Paulo. O gol marcado na vitória sobre o Bahia, foi o centésimo do atacante com a camisa tricolor, uma marca que ninguém atingia desde março de 2011, quando Rogério Ceni o fez. O destino tratou de montar um enredo particular: Ceni estava novamente no Morumbi, agora como técnico do time adversário.
A história do centésimo gol começou quando Marcos Antônio encontrou Luciano no campo de ataque. O camisa 10 tocou para Maik, que avançou pela direita e devolveu a bola. De perna esquerda, de dentro da grande área, Luciano acertou o ângulo oposto, sem chances para o goleiro Ronaldo. Foi um belo chute, digno da marca que simboliza cinco anos de protagonismo no São Paulo.
O gol teve também um toque de ironia estatística: Ronaldo se juntou a Cássio, Douglas Friedrich, Hugo Souza e Matheus Cavichioli na segunda posição entre os goleiros que mais sofreram gols de Luciano (quatro cada), atrás de Weverton, vazado seis vezes desde 2020.
A cena teve também um toque familiar: sua esposa e suas filhas estavam nas arquibancadas, e Luciano dedicou o feito a elas.
O atacante comemorou a marca de maneira intensa no vestiário, depois do jogo, com seus colegas. “Eu tive que falar e tive que abraçar um por um, mas, para comemorar cem gols, vale a pena fazer qualquer coisa. Eu só tenho a agradecer aos meus companheiros, do fundo do meu coração. Todos ficaram felizes por esta marca de cem gols”, disse.
Luciano é o vigésimo são-paulino a alcançar cem gols pelo clube, sendo o terceiro neste século, depois de Rogério e Luís Fabiano. A coincidência vai além do número e do adversário, porque o primeiro gol dele também foi contra o Bahia, em sua estreia pelo Tricolor paulista, em agosto de 2020.
“Meu primeiro gol foi contra o Bahia, o centésimo também, e agora o Rogério era (o técnico do Bahia)”, disse. O encontro entre os dois, porém, não aconteceu. “Eu vi que ele já tinha saído do campo (após o fim do jogo)”, contou o atacante.
Com os cem gols, Luciano empatou com Renato na 19.ª posição do ranking histórico do clube. Ambos chegaram à marca em quantidade próxima de partidas (313 contra 299). O próximo da lista é Friedenreich, com 102, mas esse talvez seja um alvo inatingível: o lendário atacante marcou todos entre os 37 e os 43 anos, em apenas 124 jogos, uma média fora da realidade atual.
Luciano tem contrato até o fim de 2026 e média de 16,7 gols por temporada desde que chegou. Mantendo esse ritmo, poderá ultrapassar os 120 tentos, o que o deixaria perto de Rogério, autor de 131.
Perguntado sobre a possibilidade de alcançar o ex-goleiro, respondeu com naturalidade. “Eu busco não fazer metas. O Rogério é o maior ídolo da história do São Paulo. Mas vou passo a passo”, disse.
A conquista pessoal veio em um momento de necessidade coletiva: “Eu pude fazer o centésimo gol, mas o mais importante era esta vitória. Nós estávamos passando por um momento muito ruim, e esta vitória era de suma importância. Cem gols, uma assistência e três pontos”, apontou.
O gol histórico serviu, assim, não apenas para reforçar o nome de Luciano no imaginário tricolor, mas também para recolocar o São Paulo no caminho que ele próprio resumiu, minutos depois, com o habitual pragmatismo: passo a passo.
Antes mesmo de chegar à marca de cem gols pelo São Paulo, Luciano já ocupava lugares relevantes em alguns dos principais rankings de artilharia do clube. Terceiro maior artilheiro do século, ele está a apenas doze de alcançar Rogério Ceni na segunda colocação, embora para alcançá-lo na tabela história precise de 31. Nesse caso, entraria também para o top 10 de maiores artilheiros são-paulinos desde 1930 — hoje, o camisa 10 divide a 19.ª posição com Renato.
Luciano também é o quarto maior artilheiro do Tricolor em Campeonatos Brasileiros, com sessenta gols, além de ser o quarto jogador que mais abriu o placar para o clube neste século: 32 vezes, atrás somente de Luís Fabiano (74), Rogério Ceni (44) e Calleri (35). Na lista de maiores goleadores no Morumbi, ele está em oitavo lugar, com 57 gols. Por fim, Luciano se igualou ontem a ninguém menos que Leônidas da Silva no ranking de mais gols da vitória: ambos têm 31 gols e dividem a 15.ª posição.
O Bahia sofreu tanto o primeiro como o centésimo gol de Luciano com a camisa tricolor, além de ter sido a vítima quando ele entrou no top 20 da artilharia do São Paulo, em maio passado. O clube baiano sofreu seis dos cem gols do camisa 10, incluindo o único de bicicleta, marcado em 2020. As duas próximas páginas trazem cada um de seus cem gols.
Se tratando de Campeonato Brasileiro, Luciano também se destaca como um dos maiores. Desde sua estreia pelo São Paulo na competição, ele é o segundo maior artilheiro da competição, atrás somente do flamenguista Pedro (60 gols a 67).









































