Análise: Corinthians perde, se complica e busca um milagre para se classificar na Libertadores | OneFootball

O Corinthians se complicou na noite da última quarta-feira (5), após perder por 3 a 0 para o Barcelona de Guayaquil, no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, no Equador, pela terceira fase da Pré-Libertadores. A partida foi marcada por um péssimo desempenho da equipe de Ramón Díaz.

O Timão não teve vida fácil ao enfrentar o excelente time equatoriano, fora de casa. Desde o início do primeiro tempo, o Barcelona pressionou o Corinthians em seu campo de defesa, propondo em diversas oportunidades, erros de saída de bola dos defensores do Alvinegro.

A estratégia planejada pela comissão técnica argentina não funcionou. Com um esquema de três zagueiros e alas pelas laterais, o meio-campo corinthiano se portou extremamente apático e sem criatividade, deixando Yuri Alberto e Memphis completamente isolados durante todo o primeiro tempo.

O Barcelona apresentou um grande volume de jogo, principalmente nas triangulações de seus jogadores de ataque, que muitas vezes tabelaram e buscavam lançar a bola para dentro da área. Após erro de Depay no meio de campo, João Pedro Tchoca cometeu um pênalti infantil em Carabalí. Na cobrança, Corozo abriu o placar.

A narrativa do primeiro tempo voltou a se repetir na volta do intervalo. Com as mudanças promovidas por Ramón Díaz, o Corinthians saiu mais para o jogo, criando uma oportunidade clara de balançar as redes com Memphis Depay, que parou no arqueiro venezuelano. No pouco volume de jogo ofensivo do Timão, que gerou contra-ataques para o Barcelona, expôs uma das maiores fragilidades da equipe: o sistema defensivo. Nos dois últimos gols da equipe do Equador, a defesa do Timão assistiu ao adversário propor um jogo coletivo, envolvente e incisivo, que não deu chances para qualquer reação.

Pensando no jogo da volta, na Neo Química Arena, na próxima quarta (12), o Corinthians precisa melhorar o seu sistema defensivo e exigir maior criação e aproximação dos jogadores de meio com o ataque, para, ao menos, levar a partida aos pênaltis. Depois de sair com o prejuízo de três gols sofridos, a equipe tentará operar um milagre para reverter a ampla vantagem do marcador adversário.