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Central do Timão

·16 settembre 2025

Após condição para marcar encontro, proposta de coletivo para reforma do estatuto do Corinthians surpreende

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  1. Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

No início de junho, a Central do Timão publicou com exclusividade uma entrevista com o Coletivo Voz Corinthiana, grupo de torcedores que se mobilizou para reunir sugestões da torcida e criar um projeto de mudança na legislação interna alvinegra, adequando-a às normas vigentes e trazendo mais governança e profissionalismo ao clube. Três meses depois, finalmente o grupo concluiu seu trabalho e entregou seu projeto ao clube.

O encontro aconteceu na última sexta-feira, 12, no Parque São Jorge, com o presidente do Conselho Deliberativo Romeu Tuma Júnior. De acordo com nota publicada pelo coletivo no dia seguinte, a reunião se estendeu por cerca de quatro horas, durante a tarde, e teve como pauta o debate do documento construído a partir da colaboração de mais de 800 pessoas. Também foi entregue um material técnico de suporte à proposta, além de um documento com assinaturas de 1.100 torcedores que declararam apoio à iniciativa.


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Foto: Reprodução/Coletivo Voz Corinthiana

Ainda em seu pronunciamento, o movimento classificou o dia como marcante, celebrou o fato de que as ideias do torcedor comum estavam, enfim, dentro do Parque São Jorge, e detalhou os principais tópicos debatidos durante a conversa: direito de voto para o associado do programa Fiel Torcedor, criação de um Portal da Transparência, definição de critérios objetivos para ocupação de cargos, fortalecimento do compliance e instituição de votação individual e proporcional para a eleição do Conselho Deliberativo.

Por fim, o coletivo avaliou que o encontro e o teor da conversa representaram uma “demonstração de abertura para o debate democrático”. Mesmo diante de divergências de ideias, o presidente do Conselho Deliberativo sinalizou com a possibilidade de delegar aos associados do clube a decisão sobre determinadas propostas, em vez de filtrá-las em etapas anteriores do processo de reforma do estatuto corinthiano.

Bastidores do encontro

A Central do Timão apurou que uma condição foi estabelecida para a realização do encontro: a garantia de que nenhum conselheiro ou representante da diretoria alvinegra tivesse relação com o coletivo ou acompanhasse seus representantes na reunião. A exigência foi feita por Tuma para que as ideias do grupo, que é independente e reuniu ideias do torcedor comum, não fossem capturadas politicamente no Parque São Jorge.

Durante a reunião, a proposta do movimento foi recebida com um misto de surpresa e admiração, sobretudo por conta da profundidade e complexidade do documento entregue, que não apenas aborda todos os gargalos atuais do estatuto alvinegro como incluiu um material técnico que adequou todas as ideias de acordo com o edital da própria reforma, “poupando” um trabalho que demandaria bastante tempo da Comissão de Reforma do Estatuto do CD.

Com isso, a proposta do grupo se destacou diante de outras recebidas nos últimos meses, vindas de diversas fontes, como conselheiros e associados do Corinthians. De acordo com relatos recebidos pela redação, a maioria das sugestões recebidas até então eram menos abrangentes, por vezes formuladas fora dos padrões desejados, com um conteúdo muitas vezes genérico ou pouco sólidas.

A apuração da Central do Timão ainda levantou que a duração extensa da reunião (cerca de quatro horas) foi reflexo direto do interesse de Tuma em conhecer mais detalhes do projeto do coletivo. Diversos itens da proposta forma debatidos e até comparados com pontos similares presentes na atual minuta da reforma, que estava de posse do presidente do CD – segundo relatos, há mais convergências do que divergências entre os documentos do coletivo e do Conselho Deliberativo.

Algumas divergências, porém, foram apontadas. Uma delas envolve o prazo para aquisição de direitos políticos: enquanto a minuta do CD mantém cinco anos, o coletivo propõe a redução para dois. Após o debate sobre o tema, ficou acordado que ambas as propostas poderão ser submetidas à votação dos associados, que decidirão qual delas integrará o novo estatuto alvinegro.

Outro ponto amplamente discutido foi a proposta do movimento de eleger os conselheiros por votação individual e proporcional, ou seja, cada chapa elegeria um número de conselheiros proporcional à quantidade de votos que recebeu em relação ao total. Tuma ponderou, no entanto, que um detalhe da proposta – a chamada “cláusula de performance”, que exigiria um mínimo de votos individuais para que o candidato se tornasse conselheiro – poderia dificultar a implementação prática da ideia.

Próximos passos

A proposta de reforma do estatuto idealizada pelo Coletivo Voz Corinthiana foi a última recebida por Tuma antes da finalização da minuta da proposta que será levada adiante, seguindo o cronograma anunciado pelo presidente do CD recentemente. De acordo com as datas anunciadas, tal minuta deverá ser apresentada ainda neste mês de setembro.

Então, o projeto deverá ser debatido internamente durante o mês de outubro, não apenas em relação ao seu conteúdo mas também em relação ao formato da votação em si no Conselho Deliberativo – pretende-se dividir o projeto para que seja votado em blocos temáticos, a fim de que a rejeição de um item específico não inviabilize a aprovação de um documento dos os itens que forem acolhidos.

Por fim, os meses de novembro e dezembro foram reservados para as votações propriamente ditas. Em novembro, o CD será chamado a analisar a proposta, e em dezembro os associados serão convocados para deliberar sobre o documento em assembleia. O objetivo é iniciar 2026 com o novo estatuto em vigor.

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