Arbitragem polêmica, mudanças exóticas, Reinaldo caiu nas provocações e Grêmio faz jogar a toalha

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JB Filho Repórter

·10 ottobre 2024

Arbitragem polêmica, mudanças exóticas, Reinaldo caiu nas provocações e Grêmio faz jogar a toalha

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O Grêmio perdeu um jogo chave, que não poderia perder. Nem tô falando em rebaixamento. Falo de quem ainda tinha uma expectativa que dava para ter uma arrancada em busca de uma vaga estendida (G-8 da vida) na pré-Libertadores. Qualquer um tinha noção que era difícil, tinha que emendar vitórias. E, de alguma forma, estava melhor desde o “pacto” feito no jogo contra o Botafogo. Essa derrota me fez entregar a toalha, mais uma vez.
Antes da avaliação da partida, eu acho justo falarem de arbitragem. Eu sempre tento focar no jogo, na bola. Tenho uma teoria que os profissionais de futebol se “escondem” muito atrás dos erros de arbitragem. Dito isso, entendo que existe o debate. Principalmente pelo pênalti do Jemerson. Fiquei com muita dúvida se aquilo era penal. Me parece mais forçação do Hulk do que qualquer coisa. Depois, tem o gol anulado do Braithwaite. A imagem da câmera não foi a melhor, é real, só que fica parecendo mesmo que escorrega na mão do Braith. O dinamarquês não negou que bateu na mão, apenas que não era mão pra anular. Porém, a regra da FIFA diz que o jogador que faz gol não pode, nem sem querer, usar a mão imediatamente antes do gol. A regra é essa.
Bom, futebol se explica dentro de campo. O Grêmio não fez um jogo ruim. Não foi ruim, não. Foi bem interessante. Insuficiente para vencer também.
Renato não fez nenhuma surpresa. Seguiu jogando com um meia (Cristaldo), Edenilson e Aravena nas pontas. De resto, todo time mais ou menos igual.
O galo surpreendeu um pouquinho. Jogou com Hulk, Paulinho e Deyverson. Todo mundo achava que seriam três zagueiros e foi um falso três zagueiros. Milito coloca o Saravia na direita, mas quase como um terceiro zagueiro. O ala mesmo foi o Scarpa.
E principalmente no primeiro tempo, foi trocação. O Galo chegou e o Grêmio também. Eles tiveram mais competência porque a zaga estava em um dia ruim. Talvez até pelos dois zagueiros estarem voltando de lesão. Sem ritmo. Isso colaborou para o pênalti e também para deixarem o Deyverson escapar nas costas dos zagueiros para marcar. Detalhe que o Deyverson estava no meio dos dois defensores, se colocou em impedimento para não chamar atenção e saiu exatamente quando viu a jogada se desenhar pra ele. Malandragem. É bom jogador. Uma pena que se perde no personagem e fica chato ver toda encenação que faz além do campo.
Nessa linha, Reinaldo parece querer ter forçado um amarelo para não jogar o Gre-Nal. Não é possível. O cara ficou discutindo e entrando na onda do Deyverson o tempo todo. Resultado? Ambos amarelados e ele fora do clássico. A temporada do Reinaldo é para esquecer. Quando não falha nos gols, falha nas estratégias em campo. E, por mais que isso seja verdade, um dos retratos do Grêmio é que o time precisa dele. Ninguém sabe como o Mayke vai ir em um Gre-Nal.
Cristaldo foi bem apagado. Decepcionante a partida dele. Penso que Renato poderia/deveria ter colocado o Monsalve bem antes do que colocou. Se bem que o Monsalve não conseguiu fazer muita coisa nos 12 minutos que esteve em campo. Não vai ser sempre que o guri colombiano vai carregar o time sozinho, com uma jogada diferenciada toda hora.
As troca do Renato foram bem ousadas, pra não dizer exóticas. Tirou Igor Serrote, pôs Edenilson na lateral e Diego Costa ao lado do Braithwaite. Depois, Pavón na do Jemerson. Dodi pra zaga e Pavón no ataque. Pra fechar, Ronald quase nos acréscimos. Motivo? É bom cabeceador. Um volante. Porque cabeceia. Não deu certo.
O segundo tempo foi com o Grêmio tentando jogar, é real. O negócio é que, indo no detalhe, nenhuma jogada entrou. A sensação que dava era que cada jogador ia passando para o outro e tentando desenhar a jogada do jeito que dava. E, sem algo muito pensado, tu depende da inspiração do momento. Dessa vez, não encaixou. A consequência foi a falta de gol.
O fato é que o Grêmio gastou os jogos atrasados. E seguiu na 11º colocação. Para se manter na série A, será suficiente. Para o algo a mais, creio que não. Talvez a taça possível seja a “taça Gre-Nal” mesmo. E olhe lá. O Inter, obviamente, chega bem melhor.