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·27 settembre 2024

Barcelona, Flick e Raphinha: será a euforia justificada?

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As sete vitórias em sete jogos na nova edição da La Liga, deixando a equipa já com quatro pontos de vantagem sobre o maior rival na tabela classificativa, explicam, em parte, a enorme euforia que se vive em torno do Futbol Club Barcelona.

Hansi Flick é o principal obreiro dos bons resultados, renovando diariamente a ambição blaugrana desde que rumou à Catalunha, mas há outros nomes que têm merecido atenção. Numa equipa em que a melhoria foi transversal, Raphinha é quem tem colhido mais elogios em relação ao impacto e evolução, sendo evidente que o ex-Sporting e Vitória SC vive o melhor momento de forma nos últimos anos.


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Ainda assim, quem de mais perto acompanha o clube recomenda cautela na hora da análise. Tanto quando se fala do internacional brasileiro, que surpreendentemente se fez capitão devido à lesão de Ter Stegen, como do treinador alemão, que ainda não foi testado frente a oposição de topo.

«Se as coisas saem bem, todos parecem melhores»

«Acredito que o treinador está a tirar o melhor proveito dos jogadores. À exceção de Yamal, que já jogava bem antes de Flick chegar, todos melhoraram bastante. O Raphinha não é exceção. Tem corrido mais e melhor, chega bem à área e cruza bem, embora ainda lhe falte alguma elegância. Tem as suas qualidades, mas pode ser mais refinado.»

Assim começa o testemunho de Salvador Sostres. À conversa com o zerozero, o jornalista catalão deu a sua visão mais sóbria sobre jogador, treinador e clube, numa altura da temporada que é propícia à confiança desmedida por parte dos adeptos.

Para Raphinha em específico, são já cinco golos e duas assistências. É o segundo melhor marcador da competição, principalmente graças a exibições de topo frente ao Valladolid (um hat-trick no 7-0) e no passado fim de semana frente ao Villarreal (bisou num 1-5), mas ainda não conquistou a totalidade das bancadas...

«Quando estás numa equipa em que as coisas saem bem, todos parecem melhores. Vejo boas atitudes e exibições, mas não creio que o Raphinha seja o melhor jogador do Barcelona. Muitos dizem que sim, que está a jogar um grande futebol e é o melhor neste momento. Muitos adeptos, jornalistas e até o treinador têm opiniões mais favoráveis do que a minha.»


Raphinha, um capitão improvável

«É um jogador muito apaixonado. Que corre, que se entrega e faz as pessoas vibrar. Tem estas demonstrações de força, grandes esforços, que são algo populistas. Há muitos adeptos que apreciam este tipo de jogador», diz Sostre, experiente na análise à formação culé.

Talvez por essa paixão que coloca no seu jogo, Raphinha foi o principal (ou único) beneficiário da lesão de Ter Stegen. Foi-lhe temporariamente atribuída a braçadeira de capitão, depois do guarda-redes alemão saber esta semana que ficará cerca de oito meses de fora.

A emoção fica patente nas palavras do atacante: «Não vou mentir, sou um adepto do Barça desde criança, cresci a ver esta equipa e a braçadeira de capitão significa muito para mim. Estou emocionado, jogar jogos como capitão do Barcelona é muito especial», disse o internacional brasileiro de 27 anos.

Começou da melhor forma como capitão, assinando um bis na segunda parte do tal jogo na casa do Villarreal, mas não teve tantas facilidades esta quarta-feira. No primeiro jogo que iniciou já com essa responsabilidade, frente ao Getafe (1-0), tanto a equipa como o jogador firmaram uma das exibições menos convincentes, sendo que este ainda foi amarelado por... protestos ao árbitro.

Flick no interruptor dos resultados

«Como está o Barça agora, com uma dinâmica positiva, todos podem melhorar. É uma equipa que se está a descobrir e que está a ter sucesso num novo estilo, mas que nem sempre terá tanto espaço para correr», diz-nos Salvador Sostres, atualmente no ABC, depois de ter desempenhado funções no COPE, El Mundo e outros.

O risco está precisamente na potencial descoberta de como travar a equipa de Flick. Já ao serviço do Bayern Munchen e da seleção alemã o treinador passou por dificuldades, mesmo tendo vivido um arranque de resultados fulminantes, e há quem tema que o mesmo aconteça em Espanha.

Para já há um pleno de vitórias na Liga, com a única derrota da temporada (2-1 no Mónaco), a surgir num jogo em que Eric García foi expulso ano décimo minuto. Dificilmente se justifica um alarme prematuro, mas é igualmente cedo para o largar do fogo de artifício...

«Creio que têm jogado bem, mas foram jogos mais fáceis. Há um grande mérito, que o facto de terem feito bem aquilo que é simples, mas teremos de ver como a equipa enfrenta as dificuldades de outros desafios, como o Bayern München na Champions, ou o jogo de outubro frente o Real Madrid. Aí veremos se o Barça tem caráter e recursos para ganhar, ou se comete erros tontos e perde.»

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