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·22 dicembre 2025

Bellintani relembra acerto com Grupo City e diz como vê SAF do Bahia em 2025

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O ex-presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, responsável pela transição do clube para a SAF em negociação com o Grupo City, detalhou a visão estratégica que norteia o projeto tricolor desde a construção do contrato em uma entrevista ao programa CNN Esportes S/A, da CNN Brasil.

Fundador e CEO da Squadra Sports — primeira rede multiclubes do Brasil que administra equipes como o Londrina, Linense-SP e Ypiranga-BA —, o gestor enfatizou que o caminho do Bahia para o topo do futebol brasileiro é pautado pela sustentabilidade e evolução gradual.


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Oficialmente fora do Bahia desde o fim da sua gestão em dezembro de 2023, Bellintani garante que segue acompanhando o Tricolor e comparecendo aos jogos como torcedor.

“Continuo acompanhando o Bahia, indo aos jogos em meu camarote na Fonte Nova, tomar minha cervejinha. (…) Brinco com Rogério Ceni que agora posso xingar o treinador”.

Conversas e como foi firmada a SAF com o Grupo City

Bellintani revelou que, logo após a aprovação da Lei da SAF em 2021, o Grupo City era o único alvo que desejava para o Bahia.

“Aprovou a lei da SAF, eu fiz… eu fico brincando que eu fiz uma lista dos três principais parceiros em ordem de prioridade que a gente queria, né? O primeiro, o Grupo City; o segundo, o Grupo City; e o terceiro, também o Grupo City. (…) A gente foi com um foco muito determinado. A gente quer começar o projeto e a captação, digamos assim, do nosso projeto, pelo melhor grupo do mundo”.

O ex-presidente destacou que a organização administrativa do Bahia surpreendeu os investidores:

“A gente era um clube muito organizado. A gente tinha auditoria dos últimos cinco anos, aprovação de conselho, aprovação de todas as contas, auditoria externa, inclusive conhecimento pleno da nossa dívida. (…) Eles receberam isso certamente com uma surpresa, porque ouviam falar muito da bagunça do futebol brasileiro, e ali recebiam informação sobre um clube que estava organizado”.

Ele enfatizou que a SAF foi o ápice de um processo iniciado em 2013, com a intervenção judicial e a democratização do clube, além de destacar a importância da quitação de dívidas como um dos pontos centrais do contrato.

“A SAF do Bahia, que aconteceu em 2023, na verdade ela começou a ser preparada em 2013 com a recuperação judicial. A gente não sabia onde isso ia dar, mas sabia que o caminho ia ser positivo. (…) Foi a única SAF do Brasil que obrigou o investidor a quitar a dívida no D-zero, como a gente chama, no começo do projeto, e sem dinheiro da própria SAF. Foi o dinheiro externo do investidor que chegou e quitou. Hoje o Bahia não deve mais nada.

Bahia SAF busca ser autossusentável a médio prazo

Já sobre a SAF tricolor em 2025, Bellintani destacou que a autonomia financeira é um pilar central para o sucesso a longo prazo. Segundo ele, o objetivo do Esquadrão é atingir um equilíbrio operacional para que a venda de atletas se torne em lucro real no resultado final da temporada.

“O projeto é autônomo, que tem um desafio de curto a médio de longo prazo que é se tornar sustentável. Nenhum investidor vai querer colocar dinheiro no clube a vida inteira; não se sustenta um negócio desse. O Grupo City é muito responsável em questões financeiras e de governança. O objetivo do Bahia entre médio e curto prazo é conseguir ter um resultado operacional no mínimo equilibrado no zero a zero para que a venda de jogadores seja o resultado da rentabilidade do ativo”, afirmou o ex-dirigente.

A estratégia do “degrau a degrau” e a competitividade do Bahia SAF

Para Bellintani, a escolha do Grupo City foi evitar o crescimento artificial de curtíssimo prazo em troca de uma evolução linear. Ele reconhece que, em termos de sucesso esportivo, o clube ainda se posiciona abaixo de adversários, mas vê o caminho atual como o mais seguro.

“O projeto fez uma escolha que é interessante. Ao invés de chegar no topo em curtíssimo prazo, faz evolução linear de degrau a degrau. Sempre se faz a avaliação é que esse ano precisa ter sido melhor do que o ano anterior. O Bahia ainda não ganhou um grande título, sequer disputou. (…) Se vai comparar com Atlético-MG, Botafogo, Palmeiras… Se olhar comparativamente, o resultado esportivo do Bahia ainda está um pouco abaixo, mas se olhar a estratégia de médio e longo prazo, que é como a gente acredita no projeto, os resultados estão muito bons e a gente entende que está no caminho certo. O Bahia voltou a disputar Libertadores, chegou aos 60 pontos no Brasileiro. Na nossa visão, e da torcida em geral, o projeto está bem sucedido na medida que a gente se comprometeu”.

O gestor também defendeu a transparência com o torcedor desde o início do processo. Para ele, prometer resultados imediatos sem sustentabilidade é um erro que compromete o futuro das SAFs.

“Uma coisa que eu falo pra qualquer dirigente é ser transparente. Não coloque coisas na discussão do projeto que vocês não vão ter condição de cumprir; é melhor não aprovar uma SAF do que aprovar contanto lorota. O que fizemos com a SAF do Bahia foi dizer ao torcedor que era um projeto de longo prazo. Para chegarem os títulos, para chegarem os resultados de maior envergadura, vai demorar. Quer assim? Vai ser assim. Ninguém vai chegar aqui e torrar um caminhão de dinheiro para ser campeão no primeiro ano, porque aí no segundo ano vai fazer o quê? Já torrou a parte do dinheiro, vai ter que diminuir investimento, não tem sustentabilidade, o projeto afunda. A transparência no começo, minha e do Grupo City, foi de que teria sofrimento no curto prazo. Mas a torcida espera que cada ano seja melhor que o outro e foi o que a gente se comprometeu”.”, pontuou.

Metas até 2029, disputa de títulos e a retroalimentação econômica

Na visão de Guilherme Bellintani sobre o planejamento traçado é que o Bahia SAF busca competitividade e consolidação no topo da pirâmide do futebol brasileiro até o final da década.

A partir de 2029, a perspectiva é de ganhar títulos a cada dois ou três anos.

“A gente entende que até cinco anos de projeto, quer dizer, ali até 2028 ou 2029, é natural que você passe para uma primeira etapa, que é ganho de competitividade. Você tem que passar a estar disputando o topo do futebol brasileiro. Significa por exemplo que até 2029 a gente tenha se aproximado mais de uma final de Copa do Brasil, se consolidado mais no G-6 ou no G-4, passar para fases de playoffs da Libertadores. Acho que são os caminhos esperados. A partir daí, vai ter uma cobrança maior por um ou outro grande título a cada dois ou três anos. O projeto tem essa grandiosidade, mas dosa cada momento em seu momento”.

A visão de Bellintani é que o Tricolor de Aço precisará compensar a diferença de arrecadação para clubes como Flamengo através de tecnologia e inteligência de mercado. A estratégia foca em transformar o sucesso esportivo em valorização de ativos, garantindo que o clube continue subindo degraus de forma sólida no cenário nacional.

O projeto econômico custa alto para chegar e tem uma estratégia de retroalimentação econômica. Se vai para uma final e é campeão, aquele jogador que valia 10 milhões de euros passa a valer 20 milhões de euros. Então, o Bahia precisa que o Bahia dispute coisas grandes não apenas porque se comprometeu com a torcida do Bahia, mas por fazer parte da estratégia econômica. Mas para chegar lá, precisará chegar com uma folha menor do que a do Flamengo e do Palmeiras, porque a torcida do Bahia em seu a agrupamento (número total) é melhor do que a do Flamengo. Então, precisa ter inteligência e tecnologia”, finalizou.

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