Brasileiras lideram ranking de vendas no futebol feminino em 2024 | OneFootball

As jogadoras brasileiras foram as negociações com maiores taxas de transferência no futebol feminino em 2024, segundo o Relatório de Transferências Global da FIFA, divulgado em Janeiro de 2025. O valor é de cerca de US$ 1,9 milhão de dólares movimentado pela venda dessas jogadoras. Seguido das brasileiras, estão atletas de Zâmbia (US$ 1,6 milhão), Suécia (US$ 1,3 milhão), França (US$ 0,9 milhão) e Espanha (US$ 0,7 milhão).

Apesar das brasileiras serem o ativo de maior valor, não significa que o dinheiro vem para o Brasil. De acordo com o relatório, os clubes da Espanha foram os que mais lucraram com transferências em 2024, cerca de US$ 2.6 milhões. Um dos exemplos é a saída da atacante Gabi Nunes do Levante para o Aston Villa. O time inglês desembolsou cerca de 300 mil euros (R$ 1,8 milhão) pela jogadora que estava no futebol espanhol. A contratação de Gabi Nunes se tornou a mais cara da equipe feminina do Aston Villa.

Além da brasileira, jogadoras de outros países renderam dinheiro para clubes espanhóis, como a saída de Mayra Ramirez do Levante para o Chelsea pelo valor de 500 mil euros (R$ 2,6 milhões).

Na lista de países que mais ganharam com vendas, o Brasil aparece em quarto lugar junto da França com US$ 1.4 milhões. Esses valores foram impulsionados, principalmente, pelas vendas da zagueira Tarciane, do Corinthians para o time dos Estados Unidos Houston Dash, e da atacante Priscila, do Internacional para o América do México. Sendo que a venda da ex-guria colorada se enquadra na maior do futebol feminino brasileiro, com R$ 2,8 milhões.

Inglaterra e Suécia completam a lista dos cinco países que mais ganharam com transferências no futebol feminino. Os clubes ingleses tiveram o rendimento de US$ 1.9 milhões e os suecos de US$ 1.5 milhões.

Clubes que mais investiram em contratações

Os clubes que mais gastaram com transferências foram os dos Estados Unidos (US$ 5,8 milhões). Seguido por Inglaterra (US$ 4.5 milhões), Espanha (US$ 1.4 milhões), México (US$ 1.1 milhões) e Itália (US$ 0.6 milhões).

O relatório da FIFA destaca que dos 20 clubes que mais gastaram com transferências, oito atuam na liga norte-americana (NWSL). Desses times, dois iniciaram seus trabalhos na NWSL em 2024: o Bay FC e o Utah Royals. Portanto, as equipes fizeram grandes investimentos para a montagem dos seus elencos.

Vale ressaltar que o Bay FC está em primeiro na lista de times que mais gastaram com transferências. A equipe fez contratações milionárias para a montagem do elenco em 2024. O time trouxe do Madrid CFF a zambiana Racheal Kundananji pelo valor de 805 mil euros (R$ 4,3 milhões). Segundo o relatório da FIFA, a transferência de Kundananji foi a maior do ano. Além dela, o time se reforçou com a estrela nigeriana Asist Oshoala, que estava no Barcelona, e a atacante venezuelana Deyna Castellanos, ex-Manchester City.

As jogadoras de Zâmbia estão em segundo lugar como as transferências que mais movimentaram dinheiro. Além de Kundananji, Barbra Banda é outra atleta zambiana que foi para os Estados Unidos por uma quantia considerável, US$ 740 mil dólares (R$ 3,6 milhões). Banda estava atuando no futebol chinês e foi contratada pelo Orlando Pride. O time de Orlando também se destaca entre as equipes que mais investiram em transferências, aparecendo em quarto lugar na lista da FIFA.

Lista de equipes que mais gastaram com transferências no futebol feminino em 2024 – Foto: Reprodução Relatório Transferências Global da FIFA

O Relatório da FIFA também ressalta que 124 clubes participaram de transferências em 2024 e que o valor foi o dobro comparado ao ano passado. Em 2024, a venda de jogadoras no futebol feminino movimentou US$ 15.6 milhões, enquanto em 2023 o registro foi de US$ 6.1 milhões.

Cinco maiores contratações de 2024

Cinco maiores transferências de 2024 – Foto: Reprodução Relatório Transferências Global da FIFA

Contratos no futebol feminino

Apesar das vendas recordes, na maioria dos casos, os contratos entre jogadoras e clubes continuam girando em torno de seis a 12 meses (43,9%). Contratos com mais de três anos ainda são raros, de acordo com o Relatório, representando 2%.

Das cinco maiores contratações de 2024, Barbra Banda (Orlando Pride), Priscila (América do México), Mayra Ramirez (Chelsea) e Rachel Kundananji (Bay FC) assinaram por três anos. Kika Nazareth (Barcelona) assinou por três anos e meio. Todas essas grandes movimentações recordes se enquadram em contratos de exceção, segundo a FIFA.