Caldas forçado a jogar <i>fora</i>: os números de uma condição cada vez mais frequente | OneFootball

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·24 dicembre 2025

Caldas forçado a jogar <i>fora</i>: os números de uma condição cada vez mais frequente

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Sem direito a vacilar o protocolo, o SC Braga cumpriu a expetativa gerada enquanto equipa mais forte no duelo frente ao Caldas SC (0-3). No entanto, a partida acabou por ficar manchada pela alteração do recinto de jogo à última da hora. O Campo da Mata - que até já albergou uma partida contra o Benfica para esta mesma Taça de Portugal - recebeu chumbo da FPF, levando o emblema da Liga 3 a recorrer ao Estádio Manuel Marques, devidamente cedido pelo rival, Torreense.

Solidariedade dentro de campo e pedidos de respeito fora dele

Uma circunstância despoletada cerca de 24 horas antes do despique, que levou o clube do distrito de Leiria a ter de decidir onde jogar em tempo limitado.


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Neste mesmo seguimento, assistiram-se a imagens raras. Depois da ameaça de não comparecer ao jogo ao longo do dia de terça-feira, os jogadores do emblema do terceiro escalão foram avistados apenas a dois minutos do início, quando, por norma, a subida ao relvado se efetua com alguns minutos de folga

Como se não bastasse, o primeiro minuto de jogo ficou marcado por algo ainda mais inusitado e impactante, tal a raridade: deixar o primeiro minuto decorrer sem que os atletas de ambas as equipas disputassem qualquer lance. Se o onze do Caldas SC permaneceu junto e abraçado, os atletas do SC Braga respeitaram os colegas de profissão e o devido protesto, mantendo-se imóveis durante nesse período.

Por último, nas bancadas exibiam-se folhas - entre os adeptos de parte a parte - onde se exigia «respeito pelos adeptos.»

Um filme raro e sem precedentes nos duelos dos últimos anos em contextos idênticos, como os descritos abaixo.

Feitas as contas e ampliando-as para o universo dos três grandes desde 2022/23 na segunda prova mais importante do calendário do futebol português, afinal quantas vezes SC Braga, FC Porto, Sporting e Benfica jogaram em casas emprestadas do respetivo anfitrião?

Os números das últimas três épocas e meia

Ora, começando pelos arsenalistas, estes são os que menos vezes se deslocaram a casas alheias ao próprio adversário. Num universo total de dez partidas em que defrontou adversários de escalões inferiores como Felgueiras, Rebordosa AC, 1º Dezembro, Leixões, Bragança e Caldas SC, apenas frente aos Pelicanos Reais se registou esta realidade na Prova Rainha.

A partir daqui, facilmente se constata que os três grandes viveram igual trato, embora em doses de jogos diferentes. 

Com 13 partidas como visitante na competição, o Benfica apresenta a taxa mais baixa neste parâmetro em virtude de ter sido o clube com mais duelos efetuados.

Assim sendo, as águias defrontaram Pevidém, Tirsense e Atlético CP em recintos que em nada estavam ligados aos respetivos emblemas. Contra os vimaranenses, o Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas foi o escolhido, enquanto frente ao clube de Santo Tirso e aos alcantarenses se jogou no Cidade de Barcelos e Restelo.

Logo a seguir neste campeonato, surge o FC Porto. Também com três aparições em igual condição, os dragões selaram passagens ante Vilar de Perdizes (Estádio Engenheiro Mário Branco Teixeira), Sintrense (Estádio José Gomes) e Celoricense (Cidade de Barcelos) sem pisar as instalações dos emblemas citados.

E por último, o Sporting. Com nove jogos efetuados como forasteiros, os leões também disputaram três partidas nestes moldes. Ao duelo realizado no reduto do Gil Vicente, em 2022/23, frente ao Varzim, os campeões nacionais defrontaram ainda Olivais e Moscavide e Rio Ave (Arcos interditos devido a temporal) em circunstâncias idênticas.

Por último e com os duelos dos verde e brancos como último plano, importa referir que o triunfo dos poveiros em Barcelos representou a única surpresa e queda de uma destas quatro equipas da Taça.

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