Caso VaideBet: Corinthians esclarece à polícia como recebeu os valores do patrocínio máster | OneFootball

O caso VaideBet, envolvendo a antiga patrocinadora máster do Corinthians e a intermediária da negociação, segue sendo investigado pela polícia, com uma novidade divulgada pelo portal UOL nesta terça-feira, 12. O clube atendeu a um pedido da polícia para explicar, de acordo com sua versão, a forma como recebeu os valores de patrocínio da casa de apostas.

Foram ao todo cerca de R$ 56 milhões pagos pela VaideBet ao Timão enquanto o vínculo durou, entre janeiro e maio deste ano. No entanto, chamou a atenção os investigadores o fato de a empresa ter utilizado de intermediadoras financeiras que o contrato entre as partes não reconheciam para realizar essa tarefa.

Foto: Hugo Rodrigues/Agência Corinthians

Do total pago pela VaideBet, cerca de 90% foi repassado aos cofres alvinegro a partir destas intermediadoras, que segundo o clube foram a “Otsafe – Intermediação de Negócios”, a “Pagfast Efx Facilitadora de Pagamentos”. Os pagamentos, a pedido do clube, e após consulta à bet, foram feitos em pagamentos fracionados diários, de acordo com a capacidade do fluxo de caixa da empresa.

Tal acordo, porém, foi feito de forma verbal, segundo a resposta do Corinthians à polícia, sem a localização de qualquer documento que ratificasse legalmente o acerto dos pagamentos diários. O clube ainda completou o documento atribuindo a demora em responder a uma “pendência do cadastramento dos seus procuradores nestes autos e consequente acesso à sua íntegra”, e se mantendo à disposição das autoridades para a sequência da investigação.

O caso VaideBet provocou a saída de diversos membros da diretoria de Augusto Melo, além de acarretar na perda de apoio ao presidente em parte do Conselho Deliberativo e na abertura de uma investigação no Conselho de Ética do Corinthians contra sete membros do clube envolvidos direta ou indiretamente no acerto e manutenção da empresa como patrocinadora máster do clube.

Vale lembrar, também, que o acordo foi quebrado pela casa de apostas, recorrendo à cláusula anticorrupção presente no contrato. Até o momento, o Corinthians não questionou a rescisão na Justiça, nem pediu qualquer compensação pelos prejuízos causados pela saída abrupta da empresa.

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