Zerozero
·15 ottobre 2025
«Centralização? Não sentimos muitas diferenças entre o pensamento dos três grandes e dos restantes clubes»

In partnership with
Yahoo sportsZerozero
·15 ottobre 2025
O segundo dia do S4 Congress, evento promovido pela Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto que conta com a parceira do zerozero, contou com a presença de Reinaldo Teixeira, presidente da Liga Portugal. De forma natural, temas como a pirotecnia e a possível venda de álcool nos estádios estiveram em cima da mesa.
Liga com dois milhões de euros em multas, 70 por cento desse valor devido ao mau comportamento de adeptos: «Aí está incluída a pirotecnia. Enquanto delegado, assisti a episódios que eram uma coutada, era uma coisa permanente. Hoje, graças à colaboração de várias entidades e das sociedades desportivas, isso tem diminuído. Agora, o nosso desejo é banir a pirotecnia e estamos disponíveis para perceber qual o melhor caminho para que isso aconteça.»
Álcool nos estádios: «Não tenho de convencer as autoridades policiais [que é possível vender álcool nos estádios], eles é que têm de me dizer como devo proceder para que isso possa acontecer. A lei é clara e nós temos de a cumprir. Sabemos que as sociedades desportivas querem que o consumo de bebidas de baixo teor alcoólico nos estádios; no entanto, se a entrada de bebidas alcoólicas puser em causa a segurança, serei o primeiro a dizer que não queremos. Mantemos a segurança respeitando a lei e queremos trabalhar em conjunto com as forças de segurança»
Centralização dos direitos televisivos: «Em primeiro lugar, a lei diz que tem de estar centralizado em 2028/29 e que tínhamos de entregar o regulamento de comercialização até junho de 2026. Entregámos em julho de 2025, 11 meses antes. Em agosto, a Autoridade da Concorrência reuniu connosco e fez perguntas sobre o regulamento. Todos os passos foram discutidos antes de ser entregues, a Autoridade da Concorrência tem sido extremamente profissional connosco. Prometeram que até outubro/novembro se pronunciariam sobre o regulamento que lá está, já com as respostas entregues. Pergunta-me como é fazemos a divisão [chave de distribuição]? O que posso dizer é que não sentimos grandes diferenças entre o pensamento dos três grandes e dos restantes clubes. Os pilares de valorização da chave de distribuição são mais ou menos concentrados: o número de adeptos, as infraestruturas, o números de adeptos presentes no estádio, os shares, a competitividade, a sua classificação no passado e atual... Depois temos de atribuir algum peso a cada uma destas variáveis. O nosso desafio é valorizar o produto.»
Infraestruturas das sociedades desportivas: «O esforço financeiro é grande e estamos à procura de encontrar fundos, financiamentos ou entidades para que se consiga ajudar as sociedades. É importante conseguirmos interagir com o Governo e com fundos nacionais/internacionais. As infraestruturas não devem ser vistas como algo a usar de 15 em 15 dias.»
Pirataria e baixa do IVA dos bilhetes: «A descida do IVA é uma das medidas que temos legitimidade para pedir, visto que é uma espetáculo. Em relação à pirataria, posso fazer uma analogia: saímos de casa com 100 por cento do produto para vender, mas chegamos ao mercado com apenas 1/3. Ou seja, em cada três utilizadores, apenas um é pagante. O que posso dizer é que todas entidades estão a trabalhar, da nossa parte temos toda a disponibilidade para perceber o que temos de fazer para banir a pirotecnia.»