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·16 luglio 2025

Coluna do Betinho: Atlético, não dá para viajar para o Nordeste sem pagar os operários da obra

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Por: Betinho Marques Foto: Pedro Souza

Ao escrever uma coluna tentando retratar momentos de uma história tão relevante quanto a do Clube Atlético Mineiro, é mais que necessário sensibilidade — é vital ter a intercessão divina. Falar do Galo é falar de si, da família. É mexer num vespeiro de esperanças sagrado.


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Pois é! Em dias mais ensolarados, falamos da linda história, dos heróis, das curiosidades. Mas há momentos de coragem que nem a nós agradam — e ainda assim são necessários, para que o nosso amarelo seja o da luz, e não o da palidez da omissão.

Todos sabem que o Galo está com problemas financeiros astronômicos — dívidas que ultrapassam R$ 1,4 bilhão, segundo divulgado no último balanço — e isso já afeta o ambiente interno e a reputação do clube no mercado. Algo que o torcedor não acreditava mais ter que reviver.

VIAJAR E NÃO PAGAR O PEDREIRO E A BABÁ?

Sabidamente, o Atlético tem carências no elenco, e o torcedor cobra — principalmente agora — a contratação de um volante. Mas não pode.

Por que não pode? Porque anunciar reforço sem pagar salários, direitos de imagem e parte das luvas atrasadas soaria como uma afronta ao grupo que aqui está. Infelizmente, há coisas que dizem respeito à coerência e à decência. Acima de tudo.

É fácil fazer uma analogia entre o momento do clube e a vida real. Como vamos viajar para o lindo Nordeste brasileiro, postar fotos no Instagram e deixar de pagar o pedreiro ou a babá — que também têm contas e famílias para sustentar? Como postar fotinho na beira do mar enquanto o mecânico que consertou seu carro ficou no vácuo? Conta pra nós, sô!

MEU FILHO, GENTE NÃO PODE

Pode parecer impopular — mas não é. Antes das taças, vem a decência. A gente até quer o volante, o atacante em crise com o treinador… mas não pode. A gente precisa pagar o pedreiro, a babá e o mecânico antes de “instagramar”.

Há quem diga: “vocês estão batendo demais.” Talvez. Mas, nos tempos modernos, isso é dialogar. É fazer jornalismo sem medo das mídias que tentam controlar, sem conluio, sem querer privilégio. Sabe por quê?

Porque o Atlético é como um filho para mim. E como o amor tem dores, a gente trata os problemas, varre pra fora — não troca o sofá, nem empurra pra debaixo do tapete. Filho que erra precisa ser alertado e corrigido com amor, não afagado com a mão na cabeça.

A meta é honrar o concreto onde sentamos na arquibancada. Honrar o jornalismo na essência. Ter o tom certo para comunicar com sensibilidade, verdade e — se possível — com a intercessão divina. O amarelo do Galo é o sol da coragem. Nunca o da palidez da omissão.

Hora de pagar as contas antes de viajar para o Nordeste.

Observação: o Atlético prometeu quitar parte das obrigações com o elenco até o dia 17 de julho, mas antecipou e os atletas estão viajando para a Colômbia hoje (15), para jogar a Sul-americana com parte das obrigações com o elenco acertadas.

Galo, som, sol e sal é fundamental

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