Congo elimina forças tradicionais e chega à repescagem intercontinental | OneFootball

No último domingo (16), o Congo conquistou um feito histórico na repescagem africana ao bater a Nigéria nos pênaltis por 4 a 3 e ficar com a vaga para a repescagem intercontinental. Para fazer isso, os Leopardos deixaram para trás oito títulos de Copas de Nações Africanas, respectivamente.

Camarões e Nigéria são duas das seleções mais tradicionais dentro do futebol africano e estão entre os maiores campeões da Copa das Nações Africanas. Por outro lado, o Congo já venceu a competição em duas oportunidades e chegou às semifinais de edições recentes, mas não vence a competição desde 1974, quando ainda se chamava Zaire.

Após anos em baixa, o futebol congolês vem em uma crescente recente e consolidou o bom momento com a vaga para a repescagem intercontinental. Os Leopardos fazem um ciclo muito forte; nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, ficaram em segundo lugar no Grupo B, que também tinha Senegal, e fizeram com que as duas seleções travassem uma disputa acirrada pela primeira colocação, que acabou ficando com os Leões de Teranga.

Fora isso, os congoleses se classificaram para as duas Copas de Nações Africanas do ciclo. Na edição de 2024, passaram em segundo lugar da mesma chave, que também estava o Marrocos, e caíram na semifinal após perderem para a campeã Costa do Marfim e ficaram fora do pódio após perderem nos pênaltis para a África do Sul, surpresa da competição. Neste ano, os Leopardos estão no Grupo D, junto com Senegal, Benim e Botsuana.

Mistura entre diáspora e jogadores nascidos no país

A seleção congolesa é composta majoritariamente por jogadores nascidos fora do país, ou seja, na diáspora congolesa na Europa. Com isso, a maioria dos atletas nasceu na França, Bélgica, Inglaterra e Suíça e escolheu atuar pelo Congo.

Por outro lado, apenas uma pequena parte da seleção nasceu no país e apenas dois jogadores já atuaram no futebol congolês. O meia-atacante Mesachk Elia e o centroavante Fiston Mayele atuaram por Mazembe e Vita, respectivamente.

Seleção Congolesa perfilada (Foto: Divulgação/Federação Congolesa)

O encarregado de comandar os Leopardos é o francês Sébastien Desabre, que assumiu após a demissão do argentino Héctor Cúper. O técnico acumula passagens por clubes e seleções africanas e faz um ciclo forte no comando dos congoleses.

Após fazer história na repescagem africana, o Congo agora vira a chave para a disputa da Copa Africana de Nações. Os congoleses abrem sua campanha diante de Benim no próximo dia 23 de dezembro.