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·14 novembre 2025

Conselho do Corinthians recebe emendas ao anteprojeto do estatuto em meio a conflitos internos

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  1. Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

Os bastidores do Parque São Jorge seguem movimentados em torno da reforma do estatuto social, cujo anteprojeto foi apresentado em 27 de outubro por Romeu Tuma Júnior e Leonardo Pantaleão, respectivamente presidente e vice do Conselho Deliberativo (CD), além de Dalton Gioia, presidente da comissão de reforma estatutária do Corinthians, em evento no Parque São Jorge.

Na ocasião, Tuma adiantou a possibilidade de o texto ser ajustado por meio de emendas ao plenário propostas por conselheiros – algo que a Central do Timão detalhou posteriormente. Desde então, tais ajustes vêm sendo realizados, com o presidente do CD recebendo representantes de chapas e conselheiros independentes interessados em oferecer emendas.


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Foto: Reprodução/Corinthians

A redação apurou que, nas últimas semanas, o anteprojeto recebeu algumas propostas de emendas, inclusive de conselheiros que atualmente não estão vinculados a nenhuma chapa. O Parque São Jorge vem sendo local de estudo do anteprojeto, de modo que as sugestões sejam adequadas ao texto e, assim, estejam em condições de ser apreciadas.

Um dos conselheiros já ouvidos neste processo é Ubiratan Mendonça Júnior. Ele contou à Central do Timão que não encontrou dificuldades para formular e apresentar suas sugestões ao CD, propondo emendas ao anteprojeto para criar uma Diretoria Médica, responsável pela gestão de intercorrências e representação institucional em assuntos da área, além da instituição de um Comitê de Transparência, da limitação do número de assessores por diretoria e da criação de um mecanismo que proteja funcionários do clube que também são sócios contra assédio político em sua rotina de trabalho.

Além disso, há a expectativa de que a própria comissão de reforma, assim como o departamento jurídico do Corinthians e o Conselho Fiscal (CF), colaborem com opiniões, apontando possíveis incongruências no texto, já que muitos itens foram incluídos e guardam conexão com trechos que foram preservados do documento atualmente em vigor, cuja redação data de 2008 (com uma minirreforma em 2022 que alterou apenas alguns pontos ligados a questões tributárias).

Em outra frente, por fim, o CD abriu um canal de comunicação para receber sugestões de emendas da torcida, através do e-mail estatuto@sccorinthians.com.br. As propostas enviadas devem, obrigatoriamente, estar fundamentadas em dispositivos da legislação brasileira aplicável, apontar eventuais erros de português, redação ou remissão, identificar incongruências ou contradições internas do texto estatutário ou apresentar sugestões gerais de aprimoramento.

Coletivos também se mobilizam

Coletivos de associados e torcedores também estão se mobilizando para oferecer contribuições. Um deles é o Coletivo Família Corinthians, que mantém uma equipe jurídica e está estudando o anteprojeto para elaborar sugestões de emendas. A Central do Timão apurou que o grupo apoiará as iniciativas em torno do voto aberto na votação do projeto pelo CD e também em relação à proibição de nomeação de familiar de conselheiro no clube.

Além disso, algumas propostas devem ser apresentadas para alterar pontos do anteprojeto, como a extinção dos conselheiros vitalícios (ou pelo menos a vedação da nomeação de novos membros), o fim dos membros natos no Conselho de Orientação (CORI), a concessão do direito de voto ao sócio do Fiel Torcedor adimplente há seis anos, a redução do valor mensal exigido para que novos associados adquiram esse direito, bem como mudanças nas regras de elegibilidade para o cargo de presidente e para conselheiros que integraram diretorias anteriores.

O Coletivo Voz Corinthiana, que ao longo dos últimos meses reuniu mais de 1000 contribuições de torcedores em torno de uma proposta de reforma, acolhida em parte pela comissão de reforma estatutária do clube, também está realizando um trabalho de análise do anteprojeto para propor sugestões de emendas de plenário.

Entre as sugestões que serão apresentadas, estão ajustes no trâmite de aprovação de uma eventual SAF, como a eliminação da exigência de que a associação mantenha 51% do controle da empresa, substituindo-a por contrapartidas de participação na gestão e pelo direito de manifestação do sócio do futebol nas decisões da futura sociedade. Também constam entre as propostas a redução para três anos do período necessário para a aquisição do direito ao voto, ajustes no sistema de eleição da diretoria executiva, o fim dos membros natos do CORI e a redução do número de conselheiros vitalícios para 50, preservando o mandato dos atuais membros.

Polêmicas internas e próximos passos

Nesta quinta-feira (13), haverá uma nova rodada de reuniões entre conselheiros para que sejam submetidas sugestões de emendas ao anteprojeto de reforma. A expectativa é de que este processo continue a ser feito até antes da reunião do CD, convocada para o próximo dia 24 para votar as emendas e o texto final da proposta.

A Central do Timão apurou que, embora a mobilização em torno do debate da proposta seja relevante, existem correntes políticas no Parque São Jorge trabalhando em oposição ao anteprojeto. Os principais pontos de discordância dizem respeito à exigência de voto aberto na reunião do dia 24 e às medidas propostas no documento para proibir que parentes de dirigentes possam ser funcionários do clube – inclusive atletas.

Outros grupos, ainda, protestam contra uma suposta pressa do CD em votar o anteprojeto, com a votação sendo marcada cerca de um mês depois da apresentação do documento. Segundo estas alas, seria necessário mais tempo para finalizar o texto que deve ser apreciado pelos conselheiros, além de submetê-lo a um parecer do Conselho de Orientação (CORI) – há ameaças de judicialização da convocação da reunião do dia 24, conforme divulgado pela Central do Timão.

A interpretação dos defensores do anteprojeto, no entanto, é que o CORI não teria atribuição estatutária para emitir parecer sobre o texto. Caberia ao órgão, segundo essa leitura, apenas participar de sua construção por meio de sugestões de alteração, conforme estabelece a letra “M” do artigo 97 do estatuto vigente:

“Art. 97- Compete ao CORI:(…)M – Propor ao CD, com as respectivas indicações, qualquer alteração deste Estatuto”

Além disso, as fontes ouvidas pela reportagem lembram que a instalação da Comissão de Reforma do Estatuto ocorreu em fevereiro de 2024, após aprovação unânime dos conselheiros, incluindo aqueles que hoje protestam contra o trâmite da reforma. O argumento é de que as etapas pelas quais o texto passaria até ser aprovado eram de conhecimento prévio há vários meses, não tendo sido questionadas nenhuma vez até agora.

Outro ponto de discussão, por fim, diz respeito à convocação de Assembleia Geral feita por Tuma para o próximo dia 20 de dezembro. Opositores do anteprojeto argumentam que a convocação seria ilegal, pois o texto ainda não foi sequer apreciado pelo Conselho Deliberativo. Em resposta, apoiadores lembram que a convocação inclui uma condicionante, que afirma que a reunião de sócios do Parque São Jorge só ocorrerá caso um novo estatuto seja aprovado pelos conselheiros em 24 de novembro.

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