Corinthians escolhe Nike, mas ainda vai discutir cláusulas antes de assinar contrato; veja detalhes | OneFootball

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Gazeta Esportiva.com

·26 giugno 2025

Corinthians escolhe Nike, mas ainda vai discutir cláusulas antes de assinar contrato; veja detalhes

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A diretoria do Corinthians decidiu, em reunião realizada na noite da última terça-feira, no Parque São Jorge, aceitar a proposta da Nike e renovar o contrato de fornecimento de material esportivo por mais dez anos. O vínculo, porém, ainda não foi assinado. O clube firmou um Memorando de Intenções (MOU, na sigla em inglês), e, portanto, ainda pode discutir e alterar algumas cláusulas do acordo com a empresa norte-americana.

O Corinthians escolheu a Nike em detrimento da Adidas, mas, a partir de agora, vai sentar com representantes da companhia norte-americana e negociar alguns termos do contrato. A gestão de Osmar Stabile tinha pressa para resolver o assunto, já que as duas ofertas continham prazos curtos para resposta. Apesar da pressão, o clube concluiu que não poderia assinar o contrato final sem antes debater e estudar, de maneira criteriosa, cada ponto relevante. O MOU foi a alternativa para não perder a oportunidade antes que uma das empresas retirasse a proposta, ao passo que o clube também, assim, evitaria qualquer precipitação.


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O Corinthians, por exemplo, deseja incluir uma multa caso a Nike não entregue a quantidade adequada de produtos em determinado momento. O Timão, nos últimos anos, por meio de seus dirigentes, externou publicamente a insatisfação com falhas na entrega de materiais por parte da empresa, e quer se precaver.

Diversas outras condições ainda podem sofrer mudanças diante de uma discussão mais tranquila entre as partes a partir de agora. O Corinthians, por exemplo, poderia até renegociar a durabilidade do vínculo. Isso, contudo, não deve acontecer.

VALORES DO ACORDO COM A NIKE

A Gazeta Esportiva apurou que o valor mínimo anual fixado pela Nike em sua proposta foi superior às cifras apresentadas pela Adidas.

Como publicado pela reportagem no dia 9 de maio, as condições apresentadas pela empresa alemã eram as seguintes: R$ 18 milhões anuais fixos pelo patrocínio; R$ 35 milhões anuais firmados como mínimo garantido de royalties; R$ 6 milhões em enxoval sob o compromisso de entrega de 60 mil peças por ano para uso de todas as modalidades do clube; R$ 2 milhões por ano direcionados a ações de marketing. O total remete ao valor de R$ 61 milhões por ano, sendo R$ 53 milhões “em dinheiro”.

Já o contrato com a Nike renderá ao clube, no mínimo, R$ 59 milhões “em dinheiro”, por ano. A empresa norte-americana superou o concorrente por R$ 6 milhões nos royalties, oferecendo R$ 41 milhões, ao contrário dos R$ 35 milhões ofertados pela Adidas. Em todos os outros quesitos, a Nike topou desembolsar a mesma quantia proposta pela Adidas.

O Corinthians, ainda, receberá um montante excedente se vender mais de 750 mil peças da Nike em uma temporada. Com a Adidas, o Timão teria que comercializar mais de um milhão de produtos para obter esta vantagem. Isso levando em conta que, potencialmente, as roupas fornecidas pelos alemães seriam colocadas à venda sob um valor mais alto do que os materiais produzidos pela empresa rival. Este tema, inclusive, foi alvo de debate durante a reunião de terça.

Por outro lado, o clube acredita que dificilmente alcançará o valor máximo do contrato, estimado em R$ 1,3 bilhão. Para atingi-lo, o time alvinegro precisaria bater todas as metas esportivas e comerciais estipuladas no vínculo, como títulos do Campeonato Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil, entre outros.

RISCO JURÍDICO PESOU

Pesou contra a Adidas, fundamentalmente, o risco jurídico que envolveria a eventual rescisão com a Nike. O Corinthians gostaria que a companhia se responsabilizasse pelo possível ônus, mas as conversas não avançaram neste sentido.

A Nike, ainda, topou “perdoar” dívidas que o clube tinha com a empresa. Uma delas é o fato do Timão ter ultrapassado, constantemente nas últimas temporadas, o valor de R$ 4 milhões o qual, por contrato, tem direito a receber de enxoval por ano. Só em 2024, por exemplo, o Corinthians recebeu mais de R$ 12 milhões de vestuário da Nike. A companhia prometeu “esquecer” essas pendências para ampliar o contrato com a equipe alvinegra.

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(Foto: Divulgação/Corinthians)

Por outro lado, a empresa norte-americana não pagará R$ 100 milhões de luvas, como propôs a Adidas. A Nike até aceitou destinar a quantia ao Timão, mas em forma de adiantamento, com valores corrigidos pelo IPCA. As luvas se tornam um trunfo da Adidas, como ponto de destaque da oferta. O clube, entretanto, concluiu que este ganho não compensaria o risco.

O contrato vigente entre Corinthians e Nike determina que qualquer conflito entre as partes tem de ser, obrigatoriamente, resolvido no Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, uma instituição que está entre as mais caras do país no que diz respeito a valores de taxas processuais.

Para ingressar nesta luta, a diretoria do Corinthians teria de contratar um escritório terceirizado, especializado e que, inevitavelmente, geraria uma despesa elevada, antes mesmo do resultado final da ação, que teria alta probabilidade de derrota corintiana, com valor estimado na casa dos R$ 100 milhões, segundo especialistas, devido aos atuais termos contratuais que foram claramente descumpridos pelo clube.

A assinatura com a Nike evita toda esta situação ao Corinthians, que não se vê em momento de arriscar, principalmente após a renovação automática acionada pela companhia, de maneira unilateral, no fim do ano passado.

A Fisia, empresa que representa a Nike no Brasil desde 2020, enviou uma carta registrada ao clube no dia 16 de dezembro de 2024 e, no dia 19 do mesmo mês, enviou um e-mail à cúpula do clube com a intenção de costurar um novo acordo. Porém, ignorada pela gestão Augusto Melo, a empresa acionou, conforme rito previsto e exigido no contrato, uma cláusula de renovação automática, ampliando o vínculo até 2029.

Em nota divulgada no fim de maio, a diretoria alvinegra reforçou o compromisso vigente com a empresa norte-americana.

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