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·11 settembre 2025
Cotia, o Fundo, as dúvidas, os números, as reflexões e um sonho: Sustentabilidade na maior potência do São Paulo que é sua base

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Cotia, o Fundo, as dúvidas, os números, as reflexões e um sonho: Sustentabilidade na maior potência do São Paulo que é sua base
Como existem muitas dúvidas, vamos tentar esclarecer o que sabemos para o debate sadio sobre o tema. Os moldes aprovados no Conselho de Administração serão submetidos ao Conselho Deliberativo ainda sem data pré definida.
Muitas versões saindo e para tal, buscamos as atualizações após o documento sair do órgão aprovador inicial para tentar explicar os pontos e cada um tome suas conclusões até a saída definitiva do documento. Vejamos:
O FIP é um Fundo Diferente do FIDC. Neste modelo, existe risco ao investidor, ao contrário das garantias ao investidor no outro modelo. É um a chance de alto ganho mas não há uma certeza ou garantia de retorno se tudo der errado.
Há quem questione sobre o processo ser legal na FIFA com empresas tendo direitos de jogadores o que é proibido. Mas não há direito vinculado a empresas, existe a emissão de debentures no ato da recepção do dinheiro, do aporte.
Uma debênture nada mais é do que um título de crédito uma companhia em que você poderá resgatar depois. Esses são os direitos do investidor. Logo, a ideia é receber de R$ 250 a 350 milhões e ceder 30% dos valores líquidos dos atletas vendidos de Cotia ou oriundos de Cotia do Sub15 ao Sub20 aos investidores.
Como foi calculado este valor? Contratos assinados e multas pré estabelecidas nos contratos atuais do clube na base foram projetados e calculados para estabeler o valor. O valor de formação gasto mais pagamentos de contratação, são abatidos do valor bruto total. Ou seja, se houve investimento de R$ 100.000,00 e a venda foi por R$ 1.000.000,00, o cálculo dos 30% será em cima de R$ 900.000,00 excluídos impostos, tributos, despesas, comissões e intermediações. Se abatidos estes números, sobrarem R$ 600.000,00 por exemplo líquidos, o cálculo será de 30% de R$ 600.000,00, logo a Galápagos e investidores receberão R$ 180.000,00 e o São Paulo efetivamente R$ 420.000,00.
Como o investidor tem certeza que o dinheiro irá para a base? Haverá um CFO junto com o time do clube tomando decisões, principalmente financeiras. Vendas baratas que incomodam a torcida, devem ter recusas fortes por parte de parceiros por conta de desvalorização de ativos. Atletas que já estão no profissional hoje mesmo vindos de Cotia, não entram na conta, um exemplo é Nicolas, Rodriguinho, Ryan Francisco.
Mas, atletas essencialmente Cotia, um exemplo seria Tetê, Pedro Ferreira, Igor Felisberto, eles já teriam direito se eles não subirem até o ato de assinatura.
A grana recebida tem que ir TOTALMENTE para Cotia. Só não entram R$ 50 milhões que tem que ser destinados DIRETAMENTE para abatimento das dívidas. Quem garante? A Galápagos controla o FIDC com a Outfield. Eles sabem.
Além do CFO, um Scout Master terá uma atuação junto com o atual time de Cotia. E pode ter mais incrementos futuros com mais grana vinda de outros investidores como um exemplo, Marinakis que pode participar do Fundo e ter um staff local.
Então, de cara: R$ 100 milhões aportados para Cotia. R$ 50 milhões para dívidas. R$ 75 milhões em 1 ano após recebimento dos R$ 100 milhões e mais R$ 25 milhões 24 meses após o recebimento dos R$ 100 milhões. Estes últimos R$ 100 milhões, também obrigados a serem gastos na base.
O fluxo obriga um reinvestimento de lucros das partes em novos atletas para o giro do fluxo se manter ativo. Vende, compra, vende e compra. A movimentação de entrada e saída de atletas em Cotia irá aumentar? Muito. Atletas podem sair e chegar fortemente sendo esperadas ao menos 12 a 15 vendas por ano.
O que não ficou muito claro ainda e este que vos escreve quer ler o documento final é quanto ao prazo de recompra. 5, 10 ou 15 anos. E aí mora o ponto…se você pode receber mais R$ 50 milhões ou R$ 100 milhões por metas no 5o ano, é sinal que você trabalhará para isto. E se há recompra dos títulos e a possibilidade de recomprar, ao mesmo tempo reinvestir, o clube precisa estar capitalizado e forte economicamente para isto.
Se o São Paulo não fizer funcionar, é uma amarra que pode soar com um princípio de SAF. Lembrando que a Outfield, gestora do FIDC, é especialista em transformação de clubes em Sociedades Anônimas do Futebol também. O ponto chave é a conta financeira e o grau de competência. Se o São Paulo conseguir um fluxo inesgotável de vendas e recuperação de ativos com reinvestimentos de parceiros, o círculo será VIRTUOSO. Será a competência não vencer, será outro VICIOSO.
O clube não tem que pagar dívidas deste FIP porque não são dívidas. Os investidores não tem recebimento garantido e aí reside o conforto. O desconforto é se Cotia faturar no nível Palmeiras em breve e os rendimentos forem estratosféricos com arrependimento futuro. Há o risco de parte a parte. O São Paulo pode se alavancar com capital líquido a mais que renderá menos R$ 50 mi de gastos em Cotia anuais no cofre do profissional e manter a roda girando na base.
Ter mais poder de compra com parceiros sedentos por lucro e querendo os melhores nível A, AA. Eles podem subir e render no campo e na grana. E sempre girar mecanismo de solidariedade que é uma máquina anual no clube. Pode ser a salvação ou uma amarra eterna.
E o Marinakis? Pode investir mais dinheiro no Fundo, aumentar a grana e também participar do círculo financeiro. Colocando equipes e envidando enormes esforços financeiros para os melhores do Brasil e América do Sul, África no processo que visa formar e vender ao mundo. Se tornaria uma “SAF” empresarial com vários players, assim podendo Cotia virar a potência pretendida. Ele ou outros, na verdade, mas hoje ele tem a preferência pelo aporte inicial e há uma pretensão de prioridade por R$ 100 milhões aproximadamente.
É um mega projeto com obrigações de melhoria de infraestrutura, profissionalização, Balancetes fixos separados só de Cotia aos investidores e regras regidas pela CVM com transparência obrigatória que é algo que o torcedor exige. A reversão de jogadores que devem ter chances no profissional? Evidente. Se investe em craques promissores, a tendência é o uso em detrimento de medalhões veteranos para dar sustentabilidade ao fundo.
Isso significa que Cotia terá cada vez mais jogadores no profissional com nível maior e melhor mas também com vendas constantes e com exigência de boas vendas pelo parceiro ou parceiros. Exatamente o contrário de hoje que temos veteranos, menos uso de base e vendas mais baratas. Essa é a luz no fim do túnel ou é só utopia?
O que você faria?
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