Em jogo agitado e polêmico, Bahia vence e amplia crise no Corinthians | OneFootball

Em litígio fora de campo, por causa do talentoso Kauê Furquim, e em situações bem opostas no Brasileirão, Corinthians e Bahia se enfrentaram na Neo Química Arena na noite deste sábado. A confusão que pode descrever a situação entre as diretorias dos clubes, e o momento político alvinegro, foi replicado dentro de campo, num jogo maluco e forrado de polêmico que terminou com o triunfo do Bahia por 2 a 1.

Sem vencer há um mês pelo Brasileirão e, neste momento, 13º colocado com 22 pontos, o Timão tem pouco mais de uma semana antes do jogo contra o Vasco, fora de casa, no próximo domingo (24). O Bahia, invicto há seis jogos, se reafirma como quarto colocado, com 33 pontos, jogará no mesmo dia, em Salvador, contra o Santos.

Começo alucinante

O relógio mostrava pouco mais de um minuto e meio de jogo quando Michel Araújo arriscou de fora da área e o chute cruzado foi no canto esquerdo de Hugo, que se esticou e não conseguiu evitar a festa tricolor logo de cara.

Mas, com quatro minutos foi a vez da torcida alvinegra festejar, com Kayke servindo para Rodrigo Garro empatar também em um chute cruzado. Contudo, dessa vez a festa não foi plena, pois o VAR chamou e o toque da bola na mão de Kayke acabou invalidando o lance, em situação que, claro, gera mais um debate sobre as inúmeras interpretações sobre a regra do toque de mão.

Mais polêmica e, enfim, o empate

Mesmo com esse começo de más notícias, o time do Corinthians reagia bem e criava boas oportunidades em busca do empate. Após uma série de finalizações erradas, mais uma vez a torcida comemoraria um gol e viveria o suspense de uma revisão.

Aos 30, Garro cobrou escanteio e a defesa cortou, mas o argentino voltou a mandar a bola para a aéra. Ronaldo tirou de soco e Bidon voltou a mandar a bola para o meio da confusão. Ronaldo tentou mais um corte e errou, com a bola sobrando para Gui Negão finalizar com uma meia bicicleta.

A festa foi acompanhada por oito minutos de paralisação com a discussão sobre a posição do atacante corinthiano, que poderia ter interferido em posição irregular instantes antes da bola sobrar para ele. Depois de muitas (e muitas mesmo) repetições, o gol foi validado.

O que mais faltava acontecer?

Dois minutos depois de empatar o jogo, o Corinthians voltou a dar a chance para o Bahia. Kayky recebeu na ponta esquerda, foi para o corte e Matheuzinho cometeu o pênalti com um carrinho no atacante.

Willian José foi para a cobrança com calma, deslocou Hugo e recolocou o Tricolor de Aço em vantagem, com o 2 a 1 no placar que persistiu depois de quase uma hora de um primeiro tempo que foi bem resumido pelo camisa 12 na saída para o vestiário: "muito louco".

Mesmo ritmo, menos polêmica e sem gol

No segundo tempo o jogo seguiu sendo de boa qualidade. O Corinthians seguia arriscando mais, tentando compensar na quantidade produtiva a efetividade do Bahia, que finalizou apenas três vezes no primeiro tempo para marcar dois gols.

Aos 11, Ronaldo salvou o que poderia ser o empate com o cabeceio de Gustavo Henrique, e mais tarde, Talles Magno entrou no lugar de Gui Negão para criar duas boas chances em poucos minutos, mas os detalhes seguiam jogando contra o time alvinegro. Como aos 29, quando Kayke recebeu lançamento e preferiu dominar ao invés de finalizar de primeira, mas errou o domínio e lamentou.

Com 38, uma defesaça de Ronaldo. Em bola cruzada na área, Matheus Bidu desviou de cabeça e Talles Magno completou da entrada da pequena área, com o goleiro do Bahia salvando no puro reflexo, completando o segundo tempo que mandou para longe a falha da primeira etapa que resultou no gol de empate.

A pressão seguiu até o fim pelo lado alvinegro, que usava até seus zagueiros no sistema ofensivo. Foram 20 finalizações do Timão, mas o placar estava definido desde o primeiro tempo. Agora, a última vitória do Corinthians jogando em casa pelo Brasileiro acontece há quase três meses, contra o Santos, em 18 de maio.