Portal dos Dragões
·20 dicembre 2025
Estatísticas mostram continuidade do rendimento de Thiago Silva entre Chelsea e Fluminense

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Para surpresa de muitos adeptos do FC Porto, Thiago Silva foi apresentado neste sábado a custo zero, regressando de forma inesperada ao clube vinte anos depois. Depois de uma carreira de sucesso em clubes como o Milan, o Paris Saint-Germain e o Chelsea, o internacional brasileiro volta a Portugal para, finalmente, estrear-se na equipa principal do FC Porto – até agora só havia vestido a camisola da equipa B.
Mas que contributo concreto pode oferecer Thiago Silva, aos 41 anos, depois de um ano e meio ao serviço do Fluminense? Com base nas estatísticas do Sofascore, analisámos se houve alguma queda competitiva entre a última época no Chelsea (2023/24) e o período no Fluminense, tendo em conta os registos individuais do jogador.
Ao observar as métricas defensivas principais, verifica-se, em linhas gerais, uma continuidade no desempenho entre Chelsea e Fluminense. Ainda assim, o FC Porto terá de gerir uma incógnita – a qual explicaremos adiante.
Após duas décadas na Europa, período durante o qual o FC Porto foi uma porta de entrada, o central regressou ao Brasil em 2024 para representar o Fluminense, então detentor da Taça Libertadores. A sua estreia, a 22 de julho, frente ao Cuiabá de Petit, aconteceu num momento difícil para a equipa, que atravessava uma série de dez jogos sem vencer; curiosamente, ganhou 1-0 nesse primeiro desafio com Thiago Silva em campo.
Os resultados do clube foram irregulares: sob a direção de Mano Menezes o Fluminense terminou o Brasileirão no 13.º lugar e chegou aos quartos-de-final da Libertadores. Em 2025 a equipa subiu até ao quinto lugar no campeonato, mas manteve-se a instabilidade no banco, com Renato Gaúcho e Luis Zubeldia a sucederem Mano Menezes. Sempre que esteve disponível, Thiago Silva ocupou um papel de grande relevância.
O defesa participou em 25 dos 38 encontros possíveis no Brasileirão e sofreu três interrupções no seu rendimento devido a lesões ao longo deste ano, tendo perdido um total de 20 jogos em todas as competições – possivelmente o principal risco desta contratação. Ainda assim, os números do período na primeira divisão brasileira são positivos.
Em mais de metade das partidas (53 por cento) não sofreu golos. Em média por jogo registou 5,3 alívios, 3,0 recuperações de bola e venceu 64,9 por cento dos duelos. Noutros indicadores defensivos apresentou 0,8 interceções e 0,6 desarmes por partida.
Na defesa limpa, Thiago Silva destacou-se: nestes 40 jogos não cometeu nenhum erro que tenha resultado em golo ou em grande penalidade. Acumulou apenas três amarelos e nenhum vermelho, mesmo no exigente ambiente do futebol brasileiro. A sua nota média no Sofascore foi de 7,16.
Para contextualizar, recuámos até à sua passagem pelo futebol inglês. Como se comparam estes números no Brasileirão com os obtidos na Premier League, considerada por muitos a melhor liga do mundo?
Em 2023/24 Thiago Silva perdeu apenas cinco jogos por lesão. Pelo Chelsea disputou 31 partidas na Premier, 28 delas como titular. Em apenas seis desses encontros a equipa conseguiu manter a baliza inviolada; convém notar o peso do colectivo – o Chelsea, orientado por Mauricio Pocchettino na altura, terminou a época em sexto lugar.
A média por jogo foi de 4,5 recuperações de bola e 4,8 alívios, sendo que neste último parâmetro ficou entre os nove melhores da competição. Venceu cerca de dois terços dos duelos que disputou em cada partida – 64 por cento.
Registou 0,8 interceções e 0,9 desarmes por jogo, cometendo apenas um erro que resultou em golo. Manteve também uma conduta disciplinar exemplar: nenhuma grande penalidade sofrida, quatro amarelos e nenhum vermelho. A sua classificação média no Sofascore foi de 7,07.
Os números tanto do Brasil como de Inglaterra apontam para uma continuidade no rendimento: Thiago Silva recupera mais bolas no Brasileirão, soma ligeiramente mais desarmes, mas realiza menos alívios e mantém o mesmo número de interceções. No plano disciplinar continua irrepreensível e evita erros decisivos.
Conclusão: apesar das diferenças de competição entre o Brasil e Inglaterra, os dados não evidenciam um declínio estatístico claro e, neste contexto, trataria-se de uma contratação atraente feita a custo zero. Resta ao departamento médico do FC Porto monitorizar o historial de lesões.









































