Central do Timão
·22 dicembre 2024
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Contratado no início da temporada para substituir Mano Menezes, o português António Oliveira assumiu o Corinthians em fevereiro em meio a uma má campanha no Paulistão. Apesar de não ter se classificado para o mata-mata, melhorou, inicialmente, de maneira significativa o desempenho da equipe, algo que não aconteceu no Brasileirão – um triunfo nas 13 primeiras rodadas, o que gerou sua demissão no mês de julho.
O lusitano foi um dos presentes no jogo de despedida de Paulinho realizado no último sábado, 21, no Estádio do Canindé. Em entrevista à Band após o final do evento, António Oliveira relatou o sentimento em marcar presença no local e ressaltou o nível profissional e de caráter do ex-camisa 8 corinthiano.
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
“O Paulo, primeiro, mais do que um excelente profissional, é um excelente jogador de futebol, que deixa uma marca clara no futebol brasileiro e futebol mundial, é uma pessoa extraordinária, de grande caráter, de grande personalidade. E que ganhei um amigo para a vida, portanto. E isso são marcas que se deixam e eu tenho orgulho enorme de ter sido o último técnico da sua carreira”, iniciou.
Na sequência, o português também aproveitou para destacar as características de Paulinho enquanto jogador de futebol, ressaltando que elas o fizeram a alcançar patamares mais altos no cenário do futebol.
“Realmente, é um jogador diferenciado, com valências e competências técnicas muito acima da média. Alguém que entendia e percebia o jogo de uma forma extraordinária. E só por si que jogou em uma das melhores equipes do futebol mundial, que foi o Barcelona, e isso diz muito. E eu sempre digo que os meias com gols são os meias mais caros do mundo. E, por isso, ele envolveu, ao longo da sua carreira, muito dinheiro muito por conta das suas características que prometiam, para além de claro daquilo que são as diferentes fases.”
“Muito (fácil trabalhar com o Paulinho). Porque é alguém de caráter. E percebe sua importância. Mesmo quando não joga, percebe a sua importância. É um líder nato, porque as lideranças são inatas, não são impostas, nascem conosco. E essa liderança está dentro do Paulo. Portanto, é um jogador extraordinário. Me ajudou muito. É alguém que até, em um momento que tive uma situação para sair, me empurrou para dentro do gabinete e pediu para eu continuar” , continuou.
Por último, fez um balanço do seu trabalho no Corinthians, marcado por um mau desempenho no Campeonato Brasileiro. António foi demitido depois de uma derrota por 2 x 0 para o Palmeiras em momento que o clube estava em penúltimo lugar na competição. Por todos os torneios foram 27 jogos, com 12 vitórias oito empates e sete derrotas.
“Eu até discordo (que o trabalho tenha sido ruim), portanto. Porque eu acho que, na minha opinião, em um momento conturbado que o clube vivia, com os recursos que tinha, eu acho que os jogadores, e eles são os grandes responsáveis, acabaram por fazer um milagre, portanto. Do clube, do time, em se manter em todas as competições. Nessa perspectiva, há um reconhecimento claro do povo corinthiano, e isso é que me causa um orgulho imenso. Deixar um legado enorme dentro do clube e eu tenho certeza que a porta para mim está sempre aberta” , finalizou.
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