Fátima Pinto: «Tive de esperar 20 anos para ter direito a treinar todos os dias em relvado natural» | OneFootball

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·30 ottobre 2025

Fátima Pinto: «Tive de esperar 20 anos para ter direito a treinar todos os dias em relvado natural»

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Fátima Pinto disse adeus ao Sporting no último mercado de verão e passou a vestir a camisola do Strasbourg. A internacional portuguesa, em entrevista ao jornal francês Footofeminin, abordou a mudança, os primeiros tempos na Liga Francesa, mas também as condições que enfrenta nesta nova etapa na carreira.

«Foi uma proposta que surgiu durante o verão. Foi interessante e gostei muito das conversa que tive com o treinador e o staff do clube, sobre o que pensavam e esperavam de mim para a equipa. Gostei e decidi vir», começou por referir. 


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«É uma liga bastante técnica e física. Agrada-me esta combinação. Há muita intensidade e pude perceber isso durante os primeiros jogos. Acho que é um bom campeonato, gostamos de jogar com todos esses elementos combinados. E espero poder ajudar a equipa tanto quanto possível, ao meu nível. Por exemplo, em comparação com a liga portuguesa, os jogos são muito mais intensos. Basta olhar para o meu GPS: corro muito mais em alta intensidade. É uma coisa boa, é mais exigente no dia a dia e eu gosto disso.»

Um dos grandes temas em destaque na conversa foi o nível de condições de trabalho dado às jogadoras. A internacional portuguesa fez uma comparação com que o viveu no Sporting. 

«Já passei por condições muito diferentes. Para dar um exemplo simples: jogo futebol há 20 anos e esta é a primeira vez que treino todos os dias da semana num relvado natural. Tive de esperar 20 anos para ter direito a isso e treinar no mesmo relvado todos os dias», referiu.

«Mesmo no Sporting não era assim. Joguei numa equipa que luta pelo título e luta por lugares de qualificação para a Liga dos Campeões em Portugal. O Strasbourg tem um contexto diferente, mas com condições incríveis. Eram soberbas no Sporting, mas, neste ponto, não foi bem assim.»

«Treinávamos apenas duas vezes por semana em relvado natural e mudávamos de campo com frequência, o que não é bom para os atletas. É por isso que estou muito feliz com estas condições. No futebol masculino é algo tão simples e óbvio, mas, no feminino, passamos anos a lutar por algo que parece tão básico.»

Ainda sobre o Sporting e a Liga BPI, a média falou sobre o porquê de ter saído das leoas.

«Tnhamos boas condições para sermos jogadoras profissionais e ficar por lá. Saí porque estava à procura de outras coisas. Acho importante que eu, a Tatiana [Pinto] e outras jogadoras tenhamos deixado o campeonato para abrir portas a jogadoras mais jovens», revelou.

«Mesmo assim, tenho cada vez mais a sensação de que, em Portugal, temos as condições e a contexto para manter mais internacionais portugueses no campeonato. Estamos a avançar nessa direção. Se continuarmos a melhorar essas condições, também teremos mais jogadoras estrangeiras a chegar, o que tornará a Liga BPI cada vez mais competitiva.»

Recorde-se que, no Strasbourg, Fátima Pinto atua ao lado da compatriota Bruna Lourenço. Ambas as jogadoras mudaram-se este verão para o emblema francês.

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