Calciopédia
·26 dicembre 2025
Fechando o ano, a líder Inter visita a ascendente Atalanta pela 17ª rodada da Serie A

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A 17ª rodada da Serie A fecha o calendário de 2025 sem clima de balanço, mas de prosseguimento de um campeonato eletrizante até aqui. A jornada terá uma quantidade muito grande de partidas importantes, para além das três que destacamos na nossa tradicional prévia. O jogo que mais chama atenção nesse fim de semana é aquele entre Atalanta e Inter. Em Bérgamo, teremos o embate entre uma Atalanta em clara recuperação, transformada desde a saída de Ivan Juric e a chegada de Raffaele Palladino, enquanto a líder do campeonato chega pressionada por uma vantagem mínima sobre Milan e Napoli, sem margem para gestão confortável.
O Milan, vice-líder, também não terá compromisso simples. Recebe um Verona afundado na antepenúltima posição e desesperado por pontos para sair da zona de rebaixamento, mas que – historicamente – gosta de aprontar para cima dos rossoneri. O Napoli, por sua vez, tenta organizar sentimentos opostos: vem fortalecido pela conquista da Supercopa Italiana, mas carrega a frustração da derrota recente para a Udinese e encara fora de casa a Cremonese, caçula sólida e já consolidada como uma das surpresas do campeonato.
Fora do eixo no qual tem girado a briga mais imediata pelo título, a rodada ainda oferece duelos que devem ajudar a definir o rumo da temporada: o Pisa, penúltimo colocado, volta a testar sua competitividade contra a Juventus, que busca se inserir de vez na disputa pelo scudetto, enquanto Parma e Fiorentina se enfrentam num jogo caro aos nostálgicos, apesar do contexto atual de luta contra o descenso para ambos os times. Já no Olímpico, no fechamento da jornada, teremos outro tipo de fortes emoções: Daniele De Rossi reencontra a Roma pela primeira vez como adversário, na condição de treinador do Genoa. Confira, a seguir, a prévia dos principais duelos do fim de semana.
Atalanta x Inter
Atalanta e Inter se enfrentam no jogo mais relevante da última rodada do ano, com o peso da liderança de um lado e a sensação de crescimento do outro. O histórico recente é amplamente favorável à Beneamata: são seis vitórias consecutivas em confrontos diretos de Serie A e uma invencibilidade que já dura 13 partidas. Em Bérgamo, o cenário também costuma ser ingrato para a Dea, que só passou ilesa defensivamente duas vezes nas últimas 27 partidas em casa contra os nerazzurri e, em quatro dos oito encontros mais recentes ali, sequer conseguiu marcar.
O momento, porém, dá à Atalanta argumentos que não apareciam em outros capítulos dessa novela. Desde a chegada de Raffaele Palladino, a equipe venceu seus dois compromissos como mandante no campeonato e voltou a apresentar regularidade, algo que havia se perdido após a saída de Ivan Juric; mas atenção, já que Carlo Alberto Quario, em 1963, foi o único técnico orobico a ganhar seus três primeiros jogos como mandante. A melhora passa especialmente pelo setor ofensivo: desde a 12ª rodada, quando Palladino estreou, nenhum jogador marcou mais gols na Serie A do que Scamacca, com quatro – mesma marca de Lautaro, adversário do fim de semana, e de Vlasic, do Torino. Além disso, o centroavante balançou as redes da Inter nos dois últimos duelos entre eles.
Do outro lado, a Inter segue com números que sustentam sua condição de líder. É uma das únicas equipes do campeonato que ainda não empatou, venceu a última partida do ano em seis das últimas sete temporadas (uma delas tendo justamente a Dea como rival), e marcou pelo menos dois gols em cada um dos últimos seis confrontos de Serie A contra a Atalanta. Além disso, o duelo coloca frente a frente as duas equipes que mais constroem ataques trabalhados de pé em pé na competição (63 a 55 para a líder), sinal de um jogo que tende a ser disputado com muito toque de bola e decidido por quem for mais eficiente.
Lautaro deve ser personagem central dessa história. O argentino participou diretamente de nove gols em 12 jogos de Serie A contra a Atalanta e atravessa uma sequência de três partidas consecutivas marcando, e não alcança uma maior num mesmo ano desde 2021. Entre a consistência da líder e a ousadia de uma Atalanta em reconstrução, o confronto funciona como termômetro real para medir até onde a equipe de Palladino já consegue competir – e o quanto a Inter de Cristian Chivu, que ascendeu isoladamente ao topo pela primeira vez na 15ª rodada, pode ditar o ritmo do campeonato.
Prováveis escalações
Atalanta: Carnesecchi; De Roon, Hien, Kolasinac; Zappacosta, Éderson, Pasalic, Bernasconi; De Ketelaere, Maldini; Scamacca.
Inter: Sommer; Bisseck, Akanji, Bastoni; Luis Henrique, Barella, Çalhanoglu, Mkhitaryan, Dimarco; Lautaro, Thuram.
Milan x Verona
Vice-líder da Serie A, o Milan fecha o ano diante de um adversário que historicamente lhe é extremamente favorável em casa, mas que costuma aprontar das suas – já fez o Diavolo perder dois scudetti. O Verona chega a Milão vivendo seu melhor momento na temporada, com dois triunfos seguidos, e visa jogar de lado vários números desfavoráveis em embates com os rossoneri, que venceram os últimos nove confrontos diretos pelo campeonato, com placar agregado de 19 a 6. Os milaneses só conseguiram sequências maiores de vitórias consecutivas sobre três rivais em toda a sua história no certame. Em San Siro, o domínio é ainda mais amplo: os mastini jamais venceram no estádio, considerando as 67 vezes em que atuaram como visitantes contra os dois times da capital da Lombardia. É um recorde negativo da competição.
O recorte recente em San Siro também sustenta o favoritismo milanista. São quatro vitórias consecutivas em casa contra os scaligeri, e o Milan nunca chegou a cinco triunfos seguidos como mandante nesse confronto – uma marca que pode ser alcançada agora. O bom momento se insere em uma temporada claramente superior à anterior: após 15 rodadas, o Milan soma nove pontos a mais do que em 2024-25, com a mesma produção ofensiva, uma defesa mais sólida (vazada três vezes menos) e com sete partidas sem sofrer gols. São números que explicam a permanência na briga pelo título e a atual perseguição à líder Inter.
O Verona, porém, não chega como presa fácil. Antepenúltimo colocado, o time de Paolo Zanetti embalou com vitórias consecutivas sobre Atalanta e Fiorentina e pode alcançar três triunfos seguidos pela primeira vez desde 2013, algo impensável há poucas semanas. A esperança passa sobretudo por Orban, responsável direto por quase metade dos pontos da equipe no campeonato, com gols que têm peso decisivo em uma campanha de sobrevivência: foram cinco graças a seus quatro tentos (42%). Só Pellegrino teve maior participação até o momento, contribuindo para seis dos 14 do Parma (43%).
Do lado do Milan, Rafael Leão costuma ser o nome que desequilibra esse duelo. O português tem três gols e quatro assistências contra o Verona, um dos dois únicos rivais da Serie A contra os quais obteve números tão expressivos – o outro é a Lazio. O camisa 10 volta a ser peça-chave em um jogo que, no papel, oferece caminho aberto para mais três pontos para os rossoneri.
Campeão da Supercopa Italiana, o Napoli visa se recuperar da derrota para a Udinese na Serie A (Getty)
Cremonese x Napoli
Sensação da Serie A e já instalada na 10ª posição, ao lado de Sassuolo e Udinese, a Cremonese recebe um Napoli que chega pressionado pela luta pelo título e por um rendimento recente instável fora de casa, apesar da conquista da Supercopa Italiana. O histórico geral favorece amplamente os partenopei, que só perderam dois dos 16 confrontos entre as equipes na elite, mas o Giovanni Zini costuma ser terreno menos confortável: a Cremo perdeu apenas uma das oito partidas como mandante contra os partenopei, justamente a mais recente, em outubro de 2022. O empate foi registrado em cinco das oito pelejas disputadas no estádio.
O momento ajuda a explicar por que o duelo não pode ser tratado de forma protocolar pelos azzurri. A equipe lombarda venceu o Lecce na última rodada em casa e pode engatar duas vitórias consecutivas como mandante em uma mesma edição da Serie A pela primeira vez desde 1995. Além disso, mostrou competitividade ao somar quatro pontos nas duas partidas mais recentes contra adversários da primeira metade da tabela, desempenho superior ao que havia conseguido em todo o restante do campeonato nesse tipo de confronto.
O Napoli chega como terceiro colocado, apenas dois pontos atrás da líder, embalado pela conquista da Supercopa Italiana, mas com sinais de alerta evidentes. A derrota por 1 a 0 para a Udinese antes da viagem à Arábia Saudita interrompeu a sequência positiva no campeonato, e o desempenho como visitante preocupa: são sete derrotas nas últimas nove partidas fora de casa em todas as competições, número equivalente ao total de tropeços sofridos nas 33 viagens anteriores. Contra equipes recém-promovidas, o rendimento também caiu drasticamente, com apenas uma vitória nas derradeiras seis visitas.
Em campo, o confronto promete um interessante duelo aéreo. A Cremonese é a equipe que mais marcou gols de cabeça e após cruzamentos nesta Serie A (seis e nove, respectivamente), enquanto o Napoli figura entre as defesas mais eficientes nesse tipo de lance, com saldo positivo de quatro tentos – anotou quatro pelo alto e sofreu apenas um. No ataque grigiorosso, os olhos se voltam para Vardy, prestes a alcançar a marca de 150 gols nos cinco grandes campeonatos europeus, sendo que 115 foram anotados após os 30 anos; dentre os veteranos, só Cristiano Ronaldo fez mais depois de atingir três décadas de vida (141). Do lado azzurro, o momento é de David Neres, único jogador da Serie A envolvido em 10 tentos em todas as competições desde o fim de outubro e com chance de marcar pela terceira partida consecutiva, o que jamais lhe ocorreu em sua trajetória na Europa.
Sábado, 27/12, 8h30 Parma x Fiorentina
Sábado, 27/12, 11h Lecce x Como Torino x Cagliari
Sábado, 27/12, 14h Udinese x Lazio
Sábado, 27/12, 16h45 Pisa x Juventus
Domingo, 28/12, 14h Bologna x Sassuolo
Segunda, 29/12, 16h45 Roma x Genoa









































