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·13 ottobre 2025

Filipe Luís e o desafio de quebrar um incômodo ciclo rubro-negro

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02 de fevereiro de 2012. O Flamengo demite Vanderlei Luxemburgo após 485 dias no comando do clube. Dali pra frente, a carreira do treinador entrou numa fase final muito mais lembrada por memes e polêmicas, como o hoje clássico Sultans of Luxa e o protesto contra a FERJ usando esparadrapo na boca, do que pelos títulos que se habituou a conquistar na década anterior.

O Mais Querido, naquele mesmo 2012, elegeu Eduardo Bandeira de Melo como presidente, vindo de um grupo novo na política rubro-negra com a promessa de reestruturação financeira e projeto a longo prazo. Em dois mandatos, a gestão EBM patinou dentro de campo, mas fora dele conseguiu o feito até então impensável de se organizar em um futebol brasileiro pré-SAF.


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Em 2019, mais uma vez com um novo presidente e cofres cheios, o clube conseguiu finalmente trazer para o campo o sucesso obtido fora dele, conquistando uma sequência inédita de títulos de expressão.

Nesses últimos anos me habituei a evocar, em conversas com amigos, a entidade rubro-negra “técnico do segundo semestre”. Foi com essa habitual mudança de rota durante a temporada que o clube conquistou seus principais títulos ao lado de Jorge Jesus, Rogério Ceni e Dorival Júnior.

No mesmo período, o principal adversário - lá do lado feio da Dutra - conquistou os mesmos títulos mantendo um único treinador, o que alimenta um bom debate sobre longevidade e a constante crise na Gávea.

Filipe Luís foi o último técnico da gestão Landim e tem hoje a oportunidade de ser o primeiro, desde 2012, a começar e terminar uma temporada no clube. Ao longo de pouco mais de um ano comandando o Flamengo, viveu altos e baixos.

Começou com o título da Copa do Brasil no ano passado, passou pelo bom início de temporada e pelo desempenho sólido no Mundial de Clubes, até enfrentar oscilações que me parecem parte do pacote que é apostar em um técnico em formação.

Acredito que o atual treinador seja um profissional promissor, com boas ideias sobre futebol, mas ainda com pouca vivência do que o cargo proporciona.

Recentemente, ele mesmo disse que o auge da sua carreira foi a disputa de pênaltis contra o Estudiantes. O que mostra que ainda experimenta tudo com a intensidade de quem está se descobrindo técnico.

A seu favor, Filipe conta o fato de ter sido parte importante de uma geração vencedora no clube, garantindo um crédito e uma paciência que seus antecessores não tiveram.

Rogério Ceni, por exemplo, experimentou o mesmo no São Paulo, mas foi demitido do Flamengo durante uma madrugada com direito a uma polêmica envolvendo um pedaço de frango roubado.

Para o Flamengo de 2025, fica uma pequena crise de identidade em seu primeiro ano com um gestor de futebol profissional, o europeu José Boto. Essa crise também respinga no elenco, em parte acusado de ser “bonzinho” e europeu demais para o nosso futebol catimbado e sudaca.

Para Filipe Luís, a permanência até o final da temporada já é um feito e tanto. A reta final será decisiva não apenas pelos títulos, mas também pela provável renovação.

Pra 2026, bem... aí é assunto pra outro texto.

Leia as colunas de Lael Mendes sobre o Flamengo, com análises e opiniões sobre o momento do clube e os caminhos da cultura rubro-negra.

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