Esporte News Mundo
·19 ottobre 2025
Há esperanças? Veja o que o Fortaleza precisa para escapar da degola

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·19 ottobre 2025
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O Fortaleza vive um momento dramático no Brasileirão. Após a derrota para o Cruzeiro pela 28ª rodada, o time estacionou nos 24 pontos e afundou ainda mais na zona de rebaixamento.
Restando apenas dez rodadas para o fim do campeonato, a missão é clara, e quase heroica: precisa de uma arrancada digna de filme para permanecer na Série A.
E por mais que isso pareça improvável, há um precedente histórico que alimenta a esperança: o Fluminense de 2009, que conseguiu escapar em situação até pior.
O cálculo para o Fortaleza é simples, mas implacável. A equipe tem 24 pontos em 28 partidas disputadas, e precisará de uma reação praticamente perfeita para alcançar a pontuação mínima de segurança.
Historicamente, a chamada “nota de corte” para escapar da degola é a de 45 pontos, sendo que 44 quase sempre é suficiente para a permanência.
Para atingir esse número, o Fortaleza precisará somar 20 pontos nas últimas dez rodadas, o que representa um aproveitamento de cerca de 66%, semelhante ao de times que brigam pelo G-4.
Na prática, isso significa conquistar seis vitórias, dois empates e apenas duas derrotas, ou sete vitórias e três derrotas, se quiser chegar aos 45 pontos. É uma meta dura, mas possível.
O problema é que, até agora, o aproveitamento do time é de apenas 28,5%. Ou seja, o Tricolor do Pici precisará praticamente dobrar seu rendimento e passar a fazer algo em torno de dois pontos por jogo, o que o colocaria no patamar dos clubes que brigam na parte de cima da tabela.
Além da matemática, há uma série de fatores em campo que o Fortaleza precisa corrigir urgentemente. O time terá apenas um confronto direto contra um adversário que luta contra o rebaixamento (Santos). O jogo se tornará decisivo e vale, na prática, mais do que os demais.
A equipe também precisa melhorar seu rendimento fora de casa, já que conquistou apenas sete pontos em 13 jogos longe do Castelão.
No setor defensivo, o número de gols sofridos (44, segunda pior defesa da competição) tem comprometido atuações que, em vários momentos, são competitivas, mas terminam em derrotas por falhas pontuais.
A esta altura, porém, o time sabe que não basta jogar bem ou mostrar evolução: é preciso vencer. Empates que antes serviam como alívio agora equivalem a derrotas disfarçadas.
Na história dos pontos corridos, apenas um clube conseguiu escapar de uma situação semelhante à que o Fortaleza enfrenta hoje: o Fluminense de 2009.
Naquela temporada, o time carioca somava apenas 22 pontos após 28 rodadas, com uma campanha de quatro vitórias, dez empates e quatorze derrotas. As projeções matemáticas indicavam mais de 99% de chance de rebaixamento, e o clube era dado como virtualmente condenado.
O cenário mudou nas rodadas finais, quando o Fluminense iniciou uma das maiores reações da história do Campeonato Brasileiro.
Com uma sequência de bons resultados e uma transformação interna que envolveu troca de técnico, recuperação física e emocional do elenco, o time simplesmente não perdeu mais nos dez jogos seguintes. Foram 24 pontos conquistados nesse período, o suficiente para encerrar o campeonato com 46 pontos, em uma campanha final de 11 vitórias, 13 empates e 14 derrotas.
A arrancada de 2009 ficou marcada na história do Fluminense e é até hoje lembrada como um dos maiores feitos já registrados em pontos corridos. A equipe que parecia fadada à queda terminou o campeonato comemorando a permanência e pavimentou o caminho para, no ano seguinte, conquistar o título brasileiro.
O Fortaleza, hoje, vive um desafio muito semelhante. Assim como o Flu de 2009, o time cearense precisa transformar um desempenho de rebaixado em uma campanha de alto nível nas rodadas derradeiras.
Matematicamente, ainda há esperança. O Fortaleza pode escapar, mas a margem de erro é mínima. A equipe precisa reagir imediatamente, engatar uma sequência de vitórias e mostrar regularidade em casa, além de buscar pontos fora de seus domínios.
A história do Fluminense prova que é possível virar um cenário quase perdido, mas também mostra o tamanho da dificuldade. Desde 2006, quando o Brasileirão passou a ser disputado por 20 clubes em pontos corridos, nenhum outro time conseguiu escapar em condições tão adversas.
Para o Fortaleza, o desafio é transformar o improvável em possível, recuperando o orgulho e a confiança nas dez rodadas que restam. Se quiser seguir na elite, o Tricolor precisará ser praticamente perfeito.
No fim das contas, o resumo da missão tricolor é claro: somar entre 20 e 21 pontos nas rodadas finais, alcançar a faixa dos 44 a 45 pontos e repetir a façanha histórica do Fluminense de 2009, que sobreviveu com 46. A esperança ainda existe, mas ela exige, a partir de agora, uma arrancada imediata e sem tropeços.
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