Inter confirma cláusula em contrato de Paulo Pezzolano | OneFootball

O Internacional deixou claro qual será a linha adotada no comando técnico para a temporada de 2026. Em entrevista coletiva, Abel Braga confirmou oficialmente a existência de uma cláusula específica no contrato de Paulo Pezzolano que permite a saída imediata do treinador apenas em caso de convite da Seleção Uruguaia. A declaração reforça a convicção da direção colorada na escolha do novo comandante e, ao mesmo tempo, estabelece o tom de um ano que será tratado como transição.

De forma firme, Abel foi direto ao explicar o acordo firmado com o uruguaio. “Nós só podemos perder o Pezzolano para a Seleção Uruguaia. Não podemos cogitar demiti-lo”, afirmou o diretor técnico. A fala evidencia que o Inter aposta em estabilidade e continuidade, rompendo com o histórico recente de trocas constantes no comando do futebol. A ideia da direção é dar respaldo total ao treinador, independentemente dos resultados imediatos.

Abel também aproveitou o momento para fazer um pedido claro à torcida colorada. Segundo ele, 2026 não será um ano para cobranças por títulos ou metas agressivas, mas sim de reconstrução interna. “Peço ao torcedor que entenda que esse é um ano de transição. Não vamos traçar metas”, destacou. A mensagem é direta: o clube está reorganizando estruturas, elenco e metodologia de trabalho após uma temporada extremamente turbulenta, que terminou com a permanência na Série A apenas na última rodada.

A escolha por Pezzolano, segundo Abel, não foi casual. O uruguaio encaixa exatamente no perfil buscado pelo Inter neste momento. Jovem, com experiência internacional e histórico de trabalhos consistentes, o treinador é visto como alguém capaz de implementar um modelo de jogo, desenvolver atletas e ajudar o clube a se reestruturar esportivamente. “Pezzolano era o perfil que a gente estava procurando. E não podemos perdê-lo”, reforçou Abel.

A cláusula que libera o técnico apenas para a seleção de seu país também revela respeito ao mercado e à trajetória profissional do treinador. Para a direção colorada, assumir uma seleção é um passo natural na carreira de qualquer técnico sul-americano, e impedir esse movimento poderia ser contraproducente no longo prazo. Fora essa possibilidade, o Inter deixa claro que não trabalha com a hipótese de rompimento contratual.

Internamente, a avaliação é de que a estabilidade no comando será fundamental para corrigir erros de 2025, ajustar o elenco e dar identidade ao time. A presença de Abel Braga no dia a dia do futebol e a aposta em Pezzolano formam a base desse novo ciclo.

Ao assumir publicamente esse compromisso, o Inter tenta alinhar discurso, planejamento e expectativa. A mensagem é clara: 2026 será um ano para organizar a casa, com respaldo ao treinador e paciência como palavra-chave para reconstruir o caminho rumo ao protagonismo.