Inter e técnicos viram alvo no STJD após falas discriminatórias | OneFootball

Inter e técnicos viram alvo no STJD após falas discriminatórias | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: Esporte News Mundo

Esporte News Mundo

·1 dicembre 2025

Inter e técnicos viram alvo no STJD após falas discriminatórias

Immagine dell'articolo:Inter e técnicos viram alvo no STJD após falas discriminatórias

O Internacional e os técnicos Abel Braga e Ramón Díaz se tornaram alvo de uma representação formal no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A informação foi confirmada pelo jornalista Rodrigo Castro, do jornal O Globo.

A iniciativa partiu do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+, que acionou a Procuradoria do tribunal após duas declarações consideradas discriminatórias dadas pelos treinadores em momentos distintos.


OneFootball Video


A denúncia ganhou força após a fala de Abel Braga durante sua apresentação no comando do Inter. Ao comentar o ambiente do vestiário e mencionar o uniforme de treino da equipe, o técnico afirmou: “Eu não quero a porra do meu time treinando de camisa rosa, parece time de veado”.

A repercussão foi imediata, e Abel publicou um pedido de desculpas nas redes sociais, dizendo que “cores não definem gêneros”. Para o Grupo Arco-Íris, no entanto, a retratação não é suficiente. A entidade argumenta que a fala do treinador reforça estigmas e normaliza práticas discriminatórias dentro do futebol, especialmente por partir de uma figura com grande capacidade de influência.

A representação também inclui o ex-técnico colorado Ramón Díaz, que, após o empate com o Bahia pela 33ª rodada do Brasileirão, declarou que “futebol é para homens, não é para meninas”. O argentino igualmente se desculpou, mas a entidade sustenta que os dois episódios, ocorridos com treinadores do mesmo clube em curto intervalo, configuram um “padrão preocupante” e uma violação direta ao artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

O dispositivo prevê suspensão de até dez partidas, além de multa que pode chegar a R$ 100 mil. O regulamento também abre a possibilidade de sanções ao clube quando a infração é cometida por pessoas vinculadas à instituição ou por torcedores.

O pedido ao STJD, assinado pelos advogados Carlos Nicodemos e Maria Fernanda Cunha e respaldado pelo presidente do Grupo Arco-Íris, Cláudio Nascimento, cita ainda um precedente recente: a punição ao atacante Dudu, condenado por misoginia contra Leila Pereira.

Além da denúncia formal, a entidade pleiteia a adoção de medidas reparatórias baseadas em ações afirmativas, como participação em cursos e seminários, elaboração de programas educativos e campanhas de conscientização. Agora, caberá à Procuradoria do STJD decidir se levará adiante o processo contra o Inter e os dois treinadores.

Visualizza l' imprint del creator