Portal dos Dragões
·13 novembre 2024
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José Fernando Rio, ex-candidato à presidência do FC Porto, participou na controversa Assembleia Geral (AG) Extraordinária do dia 13 de novembro de 2023 na qualidade de sócio. Observou os eventos com grande desilusão e não tem dúvidas de que ficou “uma imagem negra na história do clube”. Um ano depois, este jurista tem tudo bem fresco na memória.
“As minhas recordações são um pouco contraditórias em termos de sentimentos. Por um lado, foi uma Assembleia Geral muito afluente, uma das mais afluentes de sempre, demonstrou que o FC Porto estava vivo, que os sócios do FC Porto estavam interessados na vida do clube e compareceram em grande número nessa AG. Por outro lado, as coisas não correram de forma positiva. O ambiente que se criou não foi agradável, sentiu-se alguma intimidação, houve insultos, até houve agressões entre sócios e, portanto, não foi a noite agradável que poderia ter sido. Foi um dos episódios mais tristes da história do FC Porto, com certeza que foi. Em primeiro lugar, porque uma AG é um evento importante, tem a sua dignidade, é um momento em que os sócios podem opinar sobre os assuntos do clube, foi uma AG muito afluente, porque o tema também era importante. O que poderia ter sido uma AG histórica por boas razões, acabou por se tornar numa imagem negra na história do nosso clube”, afirmou José Fernando Rio, em declarações a Record.
No que diz respeito aos processos disciplinares e judiciais abertos a alguns sócios, na sequência dos incidentes ocorridos no Dragão Arena, o ex-candidato à presidência do FC Porto considera que a Justiça deve seguir o seu curso normal.
“A Justiça tem que atuar e seguir o seu curso. Se os órgãos judiciais entenderam que há matéria a ser investigada, averiguada e eventualmente julgada, a Justiça é que tem que seguir esse caminho, não me cabe a mim emitir julgamentos, nem sobre a decisão judicial, nem sobre o comportamento das pessoas. É um tema que afeta o FC Porto, os seus sócios, os seus adeptos, estou convencido de que a Justiça será feita, independentemente da decisão dos tribunais. Face a tudo o que se passou, a Justiça tinha que se mover, obrigatoriamente, agora, por exemplo, os prazos da prisão preventiva estão a terminar, o sinónimo de democracia é liberdade, privar as pessoas da sua liberdade deve ser por razões muito fortes, espero que essas razões estejam bem fundamentadas em nome da democracia, da Justiça e também da liberdade”, recordou José Fernando Rio.
Relativamente às consequências que os eventos dessa AG possam ter tido nas eleições de abril deste ano, em que André Villas-Boas venceu Pinto da Costa, o ex-candidato à presidência do FC Porto admite que possam ter tido um papel importante na decisão dos sócios.
“Acho que muitas pessoas decidiram o sentido do seu voto nessa noite, parece-me que sim. Acredito que teve uma grande influência”, afirmou com convicção.
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