Mundo Rubro Negro
·6 novembre 2024
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A Polícia Federal fez dois pedidos à Justiça antes de iniciar a busca e apreensão de Bruno Henrique na última terça-feira (5). A desejo era de que a Justiça emitisse um mandado de busca e apreensão para que pudessem lidar com o jogador em via pública. Além disso, a busca em qualquer quarto de hotel que ele pudesse estar também foi solicitada.
Assim, a PF estava determinada e buscar BH27 onde quer que estivesse. De acordo com o Metrópoles, porém, o juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília, não aceitou nenhum dos pedidos.
Dessa forma, os policiais tiveram que seguir com o mandado de busca e apreensão domiciliar, o que não foi um problema, já que Bruno Henrique foi encontrado facilmente e levado para prestar depoimento.
Vale lembrar que a investigação a Bruno Henrique se dá por suposto esquema envolvendo seu irmão, sua cunhada e uma prima. Os indivíduos teriam apostado altos valores na Betano, Galera Bet e KTO para que o jogador levasse cartão amarelo no jogo contra o Santos, no ano passado.
As próprias casas denunciaram, ainda na época, estranhando a movimentação incomum de contas com menos de 24 horas. O caso foi arquivado e correu em sigilo, mas voltou a ter investigação aberta antes da volta da final da Copa do Brasil.
Para o juiz Barbagalo, a procura poderia afetar outros jogadores do Flamengo, caso Bruno Henrique estivesse concentrado com seus demais companheiros em um hotel. Ele considerou ainda os possíveis torcedores e fãs presentes no hotel e decidiu que o melhor caminho seria evitar qualquer tumulto ou cena desnecessária.
“O Representado é jogador de futebol afamado, atleta de clube nacionalmente conhecido, estando na disputa títulos em campeonatos de nível nacional e a medida, caso autorizada nos moldes propostos, pode afetar outro(s) atleta(s) que esteja dividindo quarto com o Representado e todos os demais atletas e componentes da delegação, além de obviamente ter potencial para causar tumulto no hotel, caso existam torcedores no local ou nas imediações”, alega.
O caminho foi o mesmo para negar a busca em via pública, tratando-se de um jogador famoso.
“Igualmente, o pedido de autorização de busca e apreensão em revista pessoal contra o Representado em via pública, igualmente, deve ser afastado, pois, além de expor indevidamente o Representado, como afirmando anteriormente, pessoa pública, poderá ser realizada no curso da busca domiciliar já autorizada”, conclui.
Oficialmente, o Flamengo se posicionou alegando que Bruno Henrique goza de inocência até que se prove o contrário. Além disso, o clube se coloca ao lado do jogador e presta todo apoio necessário. Marcos Braz, em entrevista, falou sobre o início do processo no ano passado.
“O Flamengo foi comunicado pela Fifa um tempo atrás que teria um atleta sendo investigado. Isso passou pelo STJD, o Flamengo chamou o atleta, deu as explicações pertinentes na época, enviamos ao STJD. Ato contínuo, o STJD deva ter investigado, analisado as respostas, os lances. Arquivou o processo, nós também tivemos essa informação”, conta Marcos Braz.
Por fim, Braz também contou teor da conversa com Bruno Henrique.
“Quando chega no CT, eu converso com ele e mais uma pessoa. A gente pergunta em relação a como ele estaria, porque estaria no jogo de amanhã, está no jogo. Conversei com o Filipe Luís, ele treinou normalmente e seguiu as atividades como estamos aqui indo para o jogo. A todo momento estava muito tranquilo dizendo que não teria absolutamente nada com isso”, finaliza.
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