Esporte News Mundo
·19 dicembre 2025
Justiça põe ponto final em disputa que marcou o futebol brasileiro na última década

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O Icasa começou a receber uma indenização milionária após uma disputa judicial que se arrastou por mais de uma década contra a Confederação Brasileira de Futebol. O clube confirmou o recebimento de R$ 80,9 milhões em conta judicial, referentes ao processo pelo não acesso à Série A do Campeonato Brasileiro de 2014.
De acordo com apuração do ge, o valor foi depositado em conta judicial e ainda passará por descontos automáticos para o pagamento de dívidas que o clube possui na Justiça. O montante total definido em alvará é de R$ 84,3 milhões. Deste total, R$ 75 milhões são destinados ao Icasa, enquanto o restante corresponde aos honorários advocatícios.
O presidente do clube, Celso Pontes, confirmou o depósito e explicou que o Icasa ainda não sabe qual será o valor líquido disponível após os abatimentos. A diretoria, no entanto, já projeta utilizar o recurso para a reestruturação do Praxedão, centro de treinamento do clube, e para a montagem do elenco que disputará a Série B do Campeonato Cearense em 2026. A última participação do Verdão do Cariri na elite estadual foi em 2022.
O caso remonta à Série B de 2013, quando o Icasa terminou a competição apenas um ponto atrás do Figueirense, quarto colocado e último clube a garantir acesso à Série A. Na ocasião, o time catarinense escalou de forma irregular o jogador Luan Niezdzielski, que estava suspenso, em partida contra o América-MG. O Icasa ingressou na Justiça Desportiva pedindo a perda de pontos do adversário, o que lhe garantiria o acesso.
A própria CBF reconheceu posteriormente a irregularidade e a falha que retiraria pontos do Figueirense, mas recorreu das decisões judiciais ao longo dos anos, o que postergou o desfecho do caso e o pagamento da indenização por mais de dez anos.
O processo, inclusive, já vinha sendo acompanhado de perto pelo Esporte News Mundo desde 2021. O portal revelou, ainda naquele ano, a cobrança superior a R$ 50 milhões feita pelo Icasa após vencer a CBF na Justiça, a determinação de prazo judicial para pagamento e, posteriormente, a penhora de valores da entidade máxima do futebol brasileiro após tentativas de acordo não prosperarem. Os desdobramentos culminaram no depósito confirmado agora.









































