Luís Mateus fala em "campeão frágil" e aponta saída no Sporting | OneFootball

Luís Mateus acredita que o campeão desta edição da Liga Portugal Betclic terá "uma certa imagem de fragilidade", depois do Benfica - Sporting da jornada 33, acreditando que, caso os leões vençam o título - o terceiro em cinco anos - estarão mais longe da "hegemonia" em Portugal do que estavam com Ruben Amorim.

"Do dérbi ficam duas ideias principais: o Sporting alcançou o seu principal objetivo, que seria sempre sair da Luz em vantagem, definitiva ou quase, para o último jogo; e o Benfica fracassou no seu, o de eliminar pelo menos o confronto direto e depender de si numa última ronda, ficando a lamentar-se dos milímetros que faltaram a um Pavlidis travestido de Gyokeres no remate ao poste para levar a sua avante", disse, ao jornal A Bola.

O jornalista aponta que nenhum dos eternos rivais "alcançou o jackpot, que seria festejar de imediato", garantindo que "o objetivo estaria sempre mais longe de encarnados do que de leões, já que ser-lhes-ia sempre exigido um golo mais do que a vitória pela margem mínima".

"Contrariamente ao que se exigia, nenhuma das equipas, sem dúvida as melhores da Liga, levou para o dérbi dos dérbis ou dérbi do século, como o designaram, o espírito de conquista que se exigia. Este campeonato precisava de ser conquistado e não o foi, e essa impotência irá colar uma certa imagem de fragilidade ao campeão", atirou Luís Mateus, que considera ter sido "um dérbi nervoso e medroso".

"Se fechar o negócio, se confirmar a maior quota de probabilidades que tem de ser campeão, o Sporting conquista um desejado bicampeonato que lhe foge há 73 anos, todavia, não parece estar hoje mais perto da hegemonia em Portugal do que há um ano", assumiu, apontando "a perda de Amorim" como "gigantesca" e augurando a  "eventual saída do jogador mais influente num grande" do qual tem memória.

"Por muito bons que sejam os leões no mercado, irá sentir-se para lá dos golos que marcou e obrigar a mexer em dinâmicas. Mesmo o seu treinador, com a faixa ao peito e mérito óbvio no serenar e reorganizar da equipa, não deixará certezas absolutas de que se trata do homem certo. O que não quer dizer que seja o errado. Borges estancou os problemas defensivos, Gyokeres resolveu-lhe os restantes. O leão não resistiu a tudo, mas ao suficiente. O grande prémio está mais perto, mas o dérbi pariu um rato. Ou melhor, dois, em igualdade pontual", terminou Luís Mateus.