Memorial de Pinto da Costa ganha forma no Estádio do Dragão | OneFootball

Os cachecóis, bandeiras, camisolas e as mensagens deixadas por adeptos do FC Porto junto ao Estádio do Dragão, num memorial espontâneo formado após o falecimento de Pinto da Costa em fevereiro, já têm destino definido. O JOGO apurou que estão a ser instaladas estruturas numa das paredes interiores do recinto para os exibir. O clube recolheu mais de dez mil objetos, um património de valor incalculável, que foram acondicionados e tratados por especialistas nos últimos meses e serão agora eternizados no corredor que circunda o estádio e pelo qual os jogadores acedem aos balneários. Devido à dimensão do projecto, ainda não há data prevista para a sua conclusão.

Alguns visitantes do estádio e do museu repararam ontem nas obras e o jornal O JOGO confirmou tratar-se do memorial permanente anunciado. A localização não foi escolhida ao acaso: fica em frente à galeria dedicada aos momentos mais marcantes da história do clube e, pelo seu comprimento, prolonga-se para além do acesso aos balneários, assegurando condições de segurança e preservação dos objetos depositados pelos adeptos, que ficarão protegidos por vidro. Desta forma, será visível tanto para os jogadores à chegada aos encontros como para quem visita o museu e faz a visita ao estádio.

“O FC Porto abraçá-lo-á na eternidade, guiando-se sempre pelo seu amor ao clube. Por ser o melhor de nós, o Presidente dos Presidentes estará sempre entre nós. Sejamos dignos de, diariamente, continuar a celebrar a sua vida, pois a morte não a apagará e, em nós, viverá para sempre” garantiu André Villas-Boas em fevereiro, quando o histórico líder morreu, aos 87 anos, vítima de doença prolongada. Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias após ter sido eleito como sucessor de Américo de Sá, Pinto da Costa exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, conduzindo o FC Porto à conquista de 2 591 títulos, colectivos e individuais, em 21 modalidades, 69 dos quais no futebol sénior, incluindo sete internacionais, estatuto que o torna no dirigente mais titulado do mundo.