Miguel Sousa Tavares despede-se do Record após polémica com grupo Cofina | OneFootball

Miguel Sousa Tavares comunicou a sua saída do jornal Record, onde assinava crónicas de opinião, na sequência de um episódio que descreveu como “inesperado” e motivado por “razões mesquinhas”.

Na nota de despedida publicada na edição desta segunda-feira, o escritor e conhecido adepto do FC Porto explicou que a decisão resulta de um texto divulgado no Correio da Manhã, do mesmo grupo empresarial, que classificou de “ataque difamatório de tamanha gravidade” e que não poderia deixar sem consequências.

Apesar de o artigo não citar o seu nome, Sousa Tavares considerou que as insinuações podiam ser interpretadas como uma acusação de violência doméstica, algo a que se opõe de forma categórica. “Um inimigo não é quem discorda das nossas ideias, mas quem não tendo coragem nem talento para o fazer, atira-se à pessoa, tentando calar a sua voz”, escreveu, dirigindo duras críticas ao diretor-adjunto do Correio da Manhã.

Para o cronista, a ruptura com o Record constitui a primeira consequência dessa situação. “É com pena que me despeço dos leitores, mas não posso compactuar com aquilo que não tem conciliação possível”, frisou, sublinhando que sempre viu a sua colaboração como um espaço de debate franco, mesmo perante adversários.

Na despedida, deixou ainda uma palavra de apreço para a direcção e para a redação do Record, a quem desejou “as maiores felicidades”.