Jogada10
·14 ottobre 2025
Montenegro e Celso Barros lançam candidatura à presidência do Fluminense

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·14 ottobre 2025
Mattheus Montenegro e Celso Barros vão disputar a presidência do Fluminense para o próximo triênio. Em evento realizado na sede das Laranjeiras, nesta terça-feira (14), os candidatos lançaram oficialmente suas candidaturas. Dessa forma, apresentaram os planos de gestão. A eleição ainda não tem data definida, mas vai ser realizada na segunda quinzena de novembro.
Atual vice-presidente do Fluminense, Mattheus Montenegro é o candidato da situação. Apoiado por Mário Bittencourt, mandatário tricolor desde 2019, Montenegro terá Ricardo Tenório, vice-presidente de projetos especiais, como vice da chapa. Já Celso Barros, por sua vez, terá o advogado Rafael Rolim, candidato nas últimas eleições, como vice geral da chapa.
Eleito vice-presidente na chapa de Mário Bittencourt na última eleição em 2022, Mattheus Montenegro aposta na sequência do trabalho já realizado. Afinal, o dirigente teve participação direta em temas como o Regime Centralizado de Execução (RCE) e o projeto da Lei Geral do Esporte (SAF). Assim, tem como plano melhorias no CT Carlos Castilho e em Xerém, incentivo ao futebol feminino com profissionalização e captação de atletas, e projetos voltados aos esportes olímpicos.
Além disso, o plano de gestão ainda prevê a continuidade de avaliação do processo para o clube se tornar SAF. Recentemente, o Fluminense recebeu propostas de investidores para a criação da sociedade. O fundo comandado pela Lazuli Partners promete investir R$ 6 bilhões no futebol tricolor nos próximos anos, além de assumir a dívida de R$ 865 milhões. Contudo, o tema só deve voltar a ser debatido após as eleições.
Mattheus Montenegro é o atual vice-presidente do Fluminense e disputa a eleição com Ricardo Tenório como vice da chapa – Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC
Já Celso Barros, por sua vez, disputa o cargo pela primeira vez. Em 2019, ele foi vice geral da chapa de Mário Bittencourt, que venceu o pleito para o triênio até 2022. Contudo, o ex-presidente da Unimed foi afastado da vice-presidência por causa de um desentendimento com o atual mandatário tricolor. Dessa forma, cumpriu o mandato até 2022, quando acabou substituído por Mattheus Montenegro. Dessa forma, conta com Rafael Rolim, advogado e candidato nas últimas duas eleições, como vice.
Celso Barros ficou conhecido por ser o homem forte da Unimed, antiga parceira do Fluminense por mais de duas décadas. No plano de gestão, o ex-presidente da patrocinadora promete uma “profissionalização do clube”, com direito a um CEO de futebol, que comandaria desde a base até o profissional. Ele, aliás, garantiu que já tem um nome fechado caso seja eleito, mas não revelou. Além disso, também prometeu a contratação de estudo independente para avaliar o melhor modelo de SAF.
Celso Barros ao lado de Rafael Rolim (à esquerda) formam a chapa “O Flu é dos Tricolores” – Foto: Divulgação
Em 2018, o triunvirato formado por Mário Bittencourt, Celso Barros e Ricardo Tenório surgiu como a solução no Fluminense. Mário, Celso e Tenório se reuniram diversas vezes, porém, nunca anunciaram quem seria o candidato à presidência. Em janeiro, após o auge da crise política, o então presidente Abad decidiu propor a antecipação da eleição, originalmente marcada para novembro. Dessa forma, o clima no grupo ficou mais tenso.
Em abril, Ricardo Tenório decidiu deixar o grupo. Dessa forma, Mário se candidatou, com Celso como vice geral da chapa. Tenório, por sua vez, seguiu caminho contrário: lançou sua própria chapa, com Wagner Victer como vice. Contudo, acabou derrotado pelos ex-parceiros, por 2.225 a 1.032. Internamente, no entanto, a parceria entre Mário e Celso não durou muito tempo, enquanto Tenório seguiu próximo do atual presidente tricolor.
Hoje, Ricardo Tenório ocupa o cargo de vice-presidente de projetos especiais, e mais uma vez está envolvido nas eleições, desta vez como vice de Mattheus Montenegro. Do outro lado, Celso Barros volta a disputar como candidato principal, algo que ocorreu em 2016, quando ficou em terceiro (15,43%), atrás de Pedro Abad (50,39%), então candidato da situação, e Mário Bittencourt (34,17%). Portanto, mais uma vez, o que surgiu como uma aliança, estão em lados opostos.