Mourinho: “Com dois zero acabava, depois o árbitro e o VAR decidiram reabri-lo” | OneFootball

«Primeira parte boa até marcarmos o golo, boa dinâmica, intensidade, bloco de dez jogadores à entrada da área [do Casa Pia], mas muito movimento, combinação nas alas, não somos equipa com muita presença na área, mas procurámos muito conseguir entrar e fizemos um bom golo. Depois entrámos num período… culpa nossa, porque é altura de continuar igual, de tentar… não digo matar o jogo, porque haveria sempre oportunidade do árbitro reabrir o jogo… Depois, na segunda parte, melhorámos de novo, fizemos o dois a zero, o Casa Pia não faz um único remate à baliza, o jogo está morto, e depois… depois se vou comentar a atuação do árbitro e do VAR, tenho de entrar também não apenas na análise do que aconteceu hoje, mas na análise do que aconteceu ontem e há uma semana, e depois entro num campo que não quero entrar.»

«É estranho. É estranho, é difícil de entender como é que o árbitro decide a grande penalidade, mas é mais difícil de entender porque razão é que o VAR não interfere num lance que é óbvio, um dos grandes exemplos daquilo que UEFA, FIFA, nos inícios de cada época, põem como exemplos claros. Quero ser soft e equilibrado e dizer que o árbitro e o VAR estiveram mal, mas não. Quando o árbitro está mal o VAR ajuda, o VAR também não ajudou, porquê? São perguntas às quais não conseguiu responder. Também não consigo responder ao que aconteceu ontem e há uma semana. Aquilo que consigo responder é que durante alguns períodos do jogo os jogadores do Benfica têm de ter mais ambição, mais personalidade, mais caráter, no fundo… mas o jogo estava terminado com dois a zero… é difícil de explicar sem entrar em caminhos e depois ser penalizado.»

«A mensagem é basicamente esta, com mais detalhe que não posso dar aqui. Mas há uma indignação grande e alguma coisa que já vem de trás, mesmo de antes de eu chegar e que os jogadores carregam com eles este negativismo de haver qualquer coisa que não conseguem explicar, mas que sentem. Por outro lado, também tenho de ser treinador e dizer, como disse ao intervalo, que estas equipas veem à procura de um milagre e deixam arrastar o jogo à espera de alguma coisa. Tive um problema com o Enzo [Barrenechea], teve de sair ao intervalo por penso que doença, a sentir-se mal, a vomitar, teve de sair. Meto o Prestianni para acabar o jogo. Com dois zero acabava, depois o árbitro e o VAR decidiram reabri-lo, mas temos depois de ter capacidade de não sofrer o segundo golo como sofremos, isso é culpa nossa.»