AVANTE MEU TRICOLOR
·17 settembre 2025
MUITO ALÉM DE KAIO JORGE: Relembre outros 14 nomes que passaram pela base do São Paulo e acabaram dispensados

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·17 settembre 2025
Artilheiro do atual Campeonato Brasileiro com 15 gols, Kaio Jorge, do Cruzeiro, chamou a atenção dos são-paulinos ao revelar que foi dispensado de Cotia sob a alegação que era muito franzino.
Mas você sabia que ele não foi o único?
Dos anos 1960 para frente, se tornou habitual o São Paulo ser procurado por empresários e pais por conta da fama de bom revelador de talentos criada pelo clube do Morumbi.
E, claro, nem todo mundo que depois ficou conhecido ou se tornou um craque de nível mundial acabou aprovado nas peneiras ou nos treinamentos diários.
Vem com o AVANTE MEU TRICOLOR que a gente traz uma lista de jogadores que ou fizeram testes no São Paulo e acabaram rejeitados ou que passaram, de fato, pelas categorias de base.
O ex-palmeirense se tornou um dos casos mais famosos de dispensas de Cotia. Em 2016, quando ainda sequer tinha completado 12 anos, passou alguns meses na base tricolor, mas acabou arrumando as malas após o clube se recusar a ajudar financeiramente e dar moradia e emprego à família do atacante, hoje no Real Madrid. A gestão Julio Casares prometeu apurar os motivos da perda de Endrick, mas o caso acabou engavetado no Conselho de Administração ano passado.
Essa pouca gente lembra. Em 1999, o pai do hoje comentarista de TV realizou o sonho do garoto de levá-lo ao São Paulo, clube pelo qual torcia, para fazer testes. Acabou aprovado em um primeiro momento, mas no início de 2000, quando tinha 14 anos, acabou dispensado. Foi acolhido no rival Santos e o resto é história.
Atual ídolo do Atlético-MG, Hulk foi outro nome que passou pela base do São Paulo. Em 2001, foi aceito após testes e passou todo o ano seguinte nas categorias de base do Morumbi, de onde acabou repassado ao Vitória em 2003, com quem o Tricolor mantinha parceria.
Desconhecido até pouco tempo atrás, Firmino ganhou notoriedade após passagem pelo futebol alemão e acabou chegando à Seleção Brasileira. Foi o bastante para que seu passado fosse pesquisado e acabou se descobrindo uma passagem por Cotia em 2008. Quanto tinha 17 anos, passou em uma peneira do Tricolor, mas ficou menos de seis meses na base são-paulina e acabou dispensado, indo parar pouco depois no Figueirense.
O zagueiro, hoje no Pafos, do Chipre, é mais um que passou pelo São Paulo. Chegou à base tricolor em 1999, aos 12 anos de idade, e ficou até 2001, sendo um dos primeiros da leva cedida ao Vitória por conta da parceria entre os clubes firmada naquele ano.
Mais lembrado hoje como ex-Corinthians, o centroavante foi levado ao São Paulo por um empresário. Treinou alguns meses no Morumbi entre 2000 e 2001 até que, segundo o clube, foi informado que teria de ser pago uma indenização ao Vasco, onde Love tinha vínculo federativo vinculado (eram tempos pré-Lei Pelé). Diante disso, acabou dispensado e pulou o muro, indo parar no Palmeiras, onde se profissionalizou. o episódio acabou custando o cargo do ex-meia Pita, ídolo dos anos 1980, como coordenador da base.
O goleiro, hoje no turco Fenerbahçe, chegou em Cotia no início de 2008 e ficou pouco mais de um ano. Aos 15 anos, em maio de 2009, foi dispensado por telefone pouco depois de se recuperar de uma contusão. O episódio traumatizou o jogador, que decidiu aceitar a proposta de um empresário para seguir sua formação no Benfica, em Portugal, longe do Brasil.
Mais um caso que gerou certa celeuma na época que foi descoberto, quando o jogador subiu com destaque nos profissionais do rival Santos. Gabriel Barbosa era aluno de uma escolinha do São Paulo. Entre os 7 e 10 anos, chegou a integrar seleções de alunos que representaram o clube em competições de base de futsal. Na hora ir a Cotia, contudo, faltou acerto com a família do jogador. Assim como Endrick, o São Paulo se recusou a ajudar financeiramente a família para o deslocamento diário de São Bernardo do Campo (SP), onde ele morava, até a cidade onde está localizada a sede da base tricolor. O time litorâneo, que já o monitorava, topou e acabou o levando para a Vila Belmiro.
Dono de uma das carreiras mais longevas do futebol brasileiro, com mais de 21 anos de profissional, o lateral-esquerdo e meia-atacante era um dos maiores destaques do Pequeninos do Jóquei, clube da zona sul paulistana, próximo do Morumbi, especializado na formação de jogadores. Em 1991, foi convidado a fazer testes no São Paulo. Aprovado, treinou alguns meses, mas na hora de acertar o vínculo, a Portuguesa ofereceu mais de salário e levou o jogador.
Já que citamos a Lusa, nada mais justo que relembrar uma curiosidade que poucos são-paulinos sabem. Dois dos maiores ídolos da história lusitana por pouco não foram tricolores.
Enéas, maior jogador da história do clube do Canindé, jogou futsal no Banespa nos anos 1960, ainda criança, ao lado de um atual ídolo do São Paulo, Muricy Ramalho, que o indicou ao seu time do coração. Por alguns meses ele treinou no clube, mas como morador do Pari (região central paulistana), logo ficou desmotivado em ter que atravessar a cidade para ir ao Morumbi todos os dias e preferiu aceitar o convite para treinar na Portuguesa, vizinha de sua casa.
Dener já era da base lusitana quando, em 1987, após se descobrir que não era federado (lembrem-se, ainda existia passe) aceitou proposta para passar a treinar no Tricolor. O caso quase vira uma batalha judicial de bastidores com a participação do Corinthians, interessado também em ter o jogador. Mas o então presidente tricolor Juvenal Juvêncio desistiu do acerto verbal com o jogador para não enfurecer a Portuguesa.
Sim, nós sabemos, é duro falar de Du Queiroz depois de falar de Dener. Mas o fato é que o volante é mais um que passou boa parte da formação na base são-paulina, mais precisamente de 2009 a 2013, quando acabou dispensado por problemas do clube com seu empresário. Foi parar no Corinthians, onde se profissionalizou, e atualmente está no Grêmio.
Hoje no Flamengo, o lateral-direito fez boa parte de sua formação em Cotia, onde permaneceu dos 9 aos 15 anos. Dispensado, acabou indo para a Ponte Preta. Durante quase toda a janela de transferência foi a fonte de boas notícias ao clube no que diz a receber mecanismo de solidariedade das negociações.
O caso mais surreal dessa lista. O armênio chegou à base do clube em 2003, após convênio do São Paulo com o governo de seu país. Ficou até o início de 2004, mas confessamos, estamos trapaceando, já que o hoje ídolo europeu, com passagens por clubes gigantes do Velho Continente, já sabia que seria apenas passageira a sua estadia pelo Tricolor, sem chances de permanecer, já que a legislação da Armênia vetava na época a saída de esportistas menores de idade vinculados (e ele era vinculado à federação de futebol local).