O início do adeus... | OneFootball

A 1ª parte até mostrou algum potencial, apesar das muitas ausências, mas o Sporting desmoronou por completo na 2ª parte e nem conseguiu reagir com a entrada de algumas das suas figuras. Acabou derrotado por 0-3 pelo Borussia Dortmund e está muito perto de dizer o adeus à Liga dos Campeões. Será preciso uma 2ª mão mágica, na Alemanha...

As decisões da Liga dos Campeões passavam por Alvalade. Do lado do Sporting, o treinador Rui Borges, privado de algumas figuras, fazia três mexidas no onze inicial, dando a titularidade a St. Juste, Debast e Matheus Reis. Do outro lado, Niko Kovac, treinador do Borussia Dortmund, promovia duas mexidas no onze titular, com a titularidade de Nico Schlotterbeck e Daniel Svensson.

Espaço para mais (e melhor)

O ambiente era de festa e Alvalade estava quase lotada. Dentro das quatro linhas, o arranque de jogo deixou «água no bico», com um ritmo frenético e ambas as equipas a tentar construir a poucos toques e rapidamente - o que levou a várias perdas de bola. O Sporting foi quem entrou melhor. Com Debast a fazer de Hjulmand - baixava para meio dos centrais na construção e forte na recuperação -, a esquerda leonina começou mais ativa - apesar de Matheus Reis dar menos profundidade que o desejado e habitual.

Do outro lado, o Borussia Dortmund ia construindo a três a partir de trás - Svensson mais ofensivo e a deambular para o meio, para criar superioridade no miolo - e ia estando algo dependente da velocidade de Jamie Gittens, na esquerda, e dos movimentos entre linhas de Brandt, cabendo a Guirassy servir de pivot - de costas para a baliza - para rodar a equipa. Contudo, o Sporting foi sendo mais atrevido no último terço e, aos 15' Maxi Araújo fez a baliza tremer, acertando na barra, num remate de fora da área.

Este lançou entusiasmou, mas marcou a mudança da 1ª parte. A partir daqui, o ritmo baixou, havendo claramente mais estudo, com bola, de parte a parte. Quando o Sporting pressionava alto, a turma alemã até tinha algumas dificuldades na construção, mas os leões não pareciam ter a disponibilidade física para o fazer constantemente e isso permitiu ao Dortmund ter bola, mesmo que sem o devido perigo. Os comandados de Rui Borges iam mostrando alguma dinâmica nas alas, e um par de remates de fora da área, mas precisavam de algo mais no último terço.

Sempre a descer...

Estava tudo em aberto para a 2ª parte e foi o Dortmund quem entrou mais atrevido. Os germânicos subiram linhas, conseguiram adicionar os seus dois médios à construção - obrigando João Simões e Debast a recuar - e começaram a aproximar-se da baliza de Rui Silva, que começou a ser testado. Rui Borges tentou responder e fez entrar Gyokeres, aos 58', mas o Dortmund culminou uns grandes 15 minutos iniciais de 2ª parte com o golo inaugural: aos 60', Brandt cruzou com conta, peso e medida na direita e encontrou Guirassy ao segundo poste, a cabecear para o 0-1 (primeira vez que Rui Silva não saiu a 100 por cento).

O plano não tinha corrido como desejado e Rui Borges procurou rapidamente recuperar o controlo do miolo e fez entrar prontamente Daniel Bragança e Morita. Contudo, os alemães voltaram a ser frios e apenas cinco minutos depois voltaram a faturar, num lance muito semelhante: cruzamento milimétrico de Guirassy na direita e Gross surgiu completamente solto ao segundo poste a encostar para o 0-2.

Este 2º golo alemão deitou claramente abaixo o leão. O Sporting até teve iniciativa com bola - alemães baixaram linhas -, mas o ritmo estava claramente mais baixo e os leões não pareciam ter a devida capacidade para relançar o jogo. Nem Gyokeres parecia nas devidas condições para dar a necessária chama à equipa e parecia estar bastante longe do índice físico desejado. O Borussia Dortmund nãos se fez rogado e, aos 82', num contra-ataque bem conseguido, com o Sporting totalmente balanceado para o ataque, fez o 0-3, por Adeyemi.

O Sporting não conseguiu realmente reagir na ponta final de jogo e o Borussia Dortmund conseguiu uma larga e importante vitória por 0-3. O leão está em sarilhos na Champions.