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·17 giugno 2025
O quê faltou para o Flu vencer o Dortmund? Partida quase perfeita do Tricolor terminou sem vitória

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O Fluminense ficou no 0 a 0 contra o Borussia Dortmund. Antes do jogo, se você pede para o torcedor tricolor assinar o resultado, a hesitação seria pouca e a firma, quase certa. Mas pelo que se viu em campo, o empate acabou com um gostinho amargo pelos cariocas.
Vamos, primeiro, aos números frios. O Flu teve o dobro de finalizações (14) que o rival e acertou o gol também mais vezes (5 contra 3). Se o Dortmund só finalizou uma vez na área, o Tricolor chutou seis vezes dentro da área adversária. Ganhou mais bolas, teve mais passes no último terço, tentou mais dribles, ganhou mais duelos pelo alto e por baixo...
Passando para o qualitativo, o time de Renato Gaúcho fez uma partida defensivamente quase impecável. O fato de o Dortmund ter finalizado apenas uma vez dentro da área é algo a se considerar. Guirassy, artilheiro da Champions, de temporada de 34 gols, não finalizou nenhuma vez. Foi engolido por Thiago Silva. Acostumado a duelos com atacantes mais fortes e rápidos, o "Monstro" controlou o francês com toda a sua experiência, com antecipações precisas e superioridade também pelo alto.
O Flu começou o jogo com uma pressão alta, de certa forma, surpreendente. Marcou com blocos médios e altos, em 4-1-4-1. Everaldo ajudou na recomposição defensiva e, em muitos momentos, trabalhou bem como pivô, segurando a bola e distribuindo para os meia-atacantes. Por outro lado, não definiu o jogo quando teve a chance. A grande chance do jogo esteve nos pés dele. E foi jogada no lixo.
Coletivamente, o time do Fluminense foi coeso e seguiu à risca o plano de jogo de Renato. Conseguiu bons encaixes na marcação e poucas vezes deu espaço para o Dortmund atacar as costas. Era isso que os alemães queriam: atrair para o lado da bola para, então, buscar inversões rápidas. A pressão ao portador funcionou bem, mas também a cobertura quando o jogo mudou de lado.
Na fase ofensiva, o Fluminense progrediu em campo em um 4-3-3. Arias jogou mais pela ponta, assim como Canobbio. Se o colombiano foi o protagonista do encontro, sem se importar com o tamanho do rival, atuando como se fosse um jogo qualquer de Brasileirão, Canobbio sofreu para dar velocidade aos lances do outro lado. Acabou substituído, e Serna conseguiu fazer mais a diferença, com um 1 contra 1 forte. Süle sofreu.
O Flu soube escapar bem da pressão com a bola, com boas aproximações e uma criação eficaz de linhas de passe para os momentos de sufoco. Hércules fez um jogo incansável, tranquilo com a bola, potente quando apareceu na frente, inteligente na recomposição defensiva. Martinelli ditou bem o ritmo do jogo e Nonato não comprometeu.
Se Samuel Xavier foi incansável pela direita, Renê, do outro lado, mostrou vigor na marcação e conseguiu boas recuperações, embora não mantivesse o nível nos momentos com bola. Cano, por sua vez, entrou para fazer o que Everaldo não se mostrou capaz: gol. Mas não teve nenhuma chance.
Diante de um Dortmund em uma tarde pouco inspirada, desconecto do jogo em alguns momentos, o Fluminense flertou com a vitória. Mas deixou escapar pontos que poderiam lhe dar a liderança da chave, algo que significaria um adversário, teoricamente, menos complicado nas oitavas. Fica o bom jogo, junto com a certeza: no próximo confronto contra um Europeu, um bom jogo sem o gol pode custar o sonho do Mundial.