O sumiço de Boiadeiro: da glória com Cruzeiro ao anonimato | OneFootball

Marco Antônio Boiadeiro marcou época no Cruzeiro no início dos anos 1990 e permanece na memória dos torcedores pelo protagonismo em conquistas relevantes do clube, conforme informou o Lance. Nascido em Paulo de Faria (SP) em 1965, o ex-meia se notabilizou não só pela técnica, mas também pelo estilo marcante desde a juventude, que lhe rendeu o apelido “Boiadeiro”: calça jeans, bota de bico fino e fivela grande eram parte do visual ainda nos tempos de teste no Botafogo-SP.

Antes de brilhar na Raposa, construiu trajetória de destaque no Guarani e no Vasco, onde foi campeão brasileiro em 1989. Sua chegada ao Cruzeiro representou o auge: entre 1991 e 1993, Boiadeiro foi peça determinante nas conquistas de duas Supercopas da Libertadores, um Campeonato Mineiro e, sobretudo, da Copa do Brasil de 1993 — período em que chegou à Seleção Brasileira e participou da Copa América daquele ano. Contudo, viveu um revés marcante justamente neste momento: desperdiçou uma cobrança de pênalti na eliminação para a Argentina, nas quartas de final da competição continental.

Após deixar Belo Horizonte em 1994, a trajetória de Boiadeiro ganhou tom errante. Passou rapidamente por Flamengo e Corinthians — onde foi campeão da Copa do Brasil e do Paulistão de 1995, mas já sem o mesmo brilho — e acumulou experiências em clubes de menor expressão, como Rio Branco-SP, Anápolis, União Barbarense, América-MG, Atlético-MG e São-carlense. Chama atenção o último ato da carreira: em 2013, aos 48 anos, reforçou o Tanabi na Quarta Divisão do Paulistão, encerrando oficialmente a vida de jogador profissional.

Desde a aposentadoria, a postura de Boiadeiro foi de discrição. Ele evitou o glamour dos grandes centros e funções públicas no futebol, mantendo-se longe das manchetes e dedicando-se a uma vida mais reservada. Entre breves retornos ao noticiário, destaca-se uma experiência exótica como técnico da seleção de Timor Leste, em 2012, capítulo breve que não estimulou continuidade na carreira de treinador. Eventualmente, o ex-meia volta a aparecer em entrevistas, principalmente quando o assunto são os títulos e os momentos de glória pelo Cruzeiro e Vasco.

Assim, Marco Antônio Boiadeiro permanece ligado ao futebol, mas distante do cotidiano intenso dos clubes e do centro dos holofotes nacionais, preferindo relembrar suas conquistas em ocasiões pontuais. Fontes: Lance.