Os bastidores que vazaram das reuniões no vestiário do Beira-Rio com Roger e os jogadores
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Depois da derrota pro São Paulo, Roger demorou mais de uma hora para aparecer na entrevista coletiva. Os motivos foram duas reuniões no vestiário do Beira-Rio.
A primeira foi com todo o grupo de jogadores. Cobranças aconteceram pra todo mundo. A ideia foi apontar onde os atletas estavam errando e o que precisam fazer para melhorar essa situação. Tanto Roger quanto os dirigentes falaram. Deixo bem claro que teve cobrança porque o torcedor toda hora quer saber se estão fazendo alguma coisa ou é tudo tranquilo. Então, pra que entendam, existiu, sim, a cobrança.
Depois, uma segunda reunião aconteceu. Essa foi dos dirigentes com Roger. Ali, ficou bem claro que ninguém estava cogitando a demissão do treinador naquele momento. Ele iria ficar e comandar o time pelo menos contra o Fluminense. Existiu, inclusive, um apontamento do que a direção não tá contente e o que pensa que precisa mudar. O mesmo foi feito pelo Roger. Ele sabe que não tá tudo legal. Nessa conversa, ficou claro que Roger terá respaldo para tentar achar uma solução diferente contra o Flu. Afinal, se continuar desse jeito, a classificação não vai rolar.
Foi justamente por isso que Roger chegou na coletiva se dizendo prestigiado e até confiante a ponto de contestar, por exemplo, a pergunta do Jairo Winck, que falou que boa parte da torcida queria sua saída e tal. Roger sabia que estava respaldado.
Na zona mista, o vice José Olavo Bisol foi “pra cima” da imprensa. Rebateu uma informação que Roger teria “colocado o cargo à disposição” e ficou incomodado quando questionado sobre a parcela de responsabilidade dos dirigentes no que tá acontecendo.
Enquanto falava, Bisol era acompanhado por Mazzuco e D’Alessandro. Algo bem comum quando o clube está pressionado e outros dirigentes ficam ao lado como demonstração de apoio. Tudo certo. É uma rotina em momentos de crise.
O que o vice-presidente não conseguiu fazer foi bancar Roger aconteça o que aconteça. Afinal, todo mundo sabe que uma queda pro Flu poderá, sim, ocasionar uma demissão. E aí depende muito do jogo também. Se classificar, é óbvio que Roger fica. Se cair jogando bem ou nos pênaltis, pode ter uma nova chance de se reorganizar contra o Flamengo, por exemplo. Enfim, tudo depende da partida.
Pra fechar, a esperança da direção é que o time jogue por estar pressionado. Eles estão dando resposta quando é necessário. Foi assim no Gauchão, se repetiu na classificação da Libertadores. Aquilo que Vitão e Fernando classificaram como “só joga com a água na bunda”. Agora, tem esperança que vão repetir o mesmo roteiro. Até porque, a água está mais na bunda do que nunca.