AVANTE MEU TRICOLOR
·11 novembre 2025
Oscar apresentou problema cardíaco em julho, deve rescindir com o São Paulo e encerrar a carreira

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·11 novembre 2025

Internado em um hospital da capital paulista após sofrer uma intercorrência com alterações cardiológicas, o meia Oscar deve rescindir o contrato como São Paulo após receber alta médica e anunciar oficialmente o encerramento da carreira.
A informação foi confirmada ao AVANTE MEU TRICOLOR por três fontes, uma da alta cúpula do futebol são-paulino e duas ligadas ao jogador de 34 anos, que não entra em campo desde a vitória sobre o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro, em 19 de julho.
De acordo com o apurado pelo AMT, justamente após essa partida o camisa 8 passou por exames de avaliação da fratura de três vértebras lombares que apontaram problemas cardíacos. Naquele momento, por pedido do próprio Oscar, o caso não foi divulgado, virando informação divulgada em off por médicos e propagada apenas por páginas de influenciadores são-paulinos.
Enquanto isso, Oscar seguiu uma rotina de exames de monitoramento que indicaram melhora em seu quadro clínico e permitiram que ele fosse liberado para realizar atividades com o elenco. Mas o camisa 8 acabou se contundindo de novo, sofrendo uma lesão muscular na panturrilha esquerda.
Oscar então consultou a comissão de Hernán Crespo para entender os próximos passos. Foi aconselhado a entender seu caso primeiro para tomar uma decisão. Abalado com as críticas recebidas da torcida, os questionamentos sobre o alto salário e garantido pelos exames que indicavam melhora da situação clínica, o camisa 8 então abdicou do pedido familiar para encerrasse a carreira.
Nesta manhã, no entanto, Oscar chegou a desmaiar durante testes físicos e saiu do CT da Barra Funda de ambulância. O ocorrido chocou os presentes, de jogadores a funcionários.
O camisa 8 segue internado aguardando resultados de exames que permitirá aos médicos saber qual a origem da alteração cardíaca. Mas seu quadro é estável.
Conforme procedimento habitual e respeitando a privacidade do jogador, novas informações serão divulgadas assim que houver atualização por parte da equipe médica, em comum acordo com Oscar.
Conforme o AMT revelou há três semanas, o clima interno no São Paulo já era de pessimismo com o aproveitamento do meia-atacante Oscar na equipe nesta reta final de Campeonato Brasileiro, em que a equipe luta para conseguir uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores.
Já existia antes da nova contusão uma cautela interna do clube do Morumbi com o seu jogador. Oscar não entra em campo pelo Tricolor desde a vitória sobre o Corinthians, no Morumbi, em 19 de julho, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o meia sofreu uma fratura de três vértebras lombares e ficou ausente de 16 partidas se recuperando da contusão.
Nos dois últimos jogos, o camisa 8 esteve relacionado pelo técnico Hernán Crespo, mas acabou não entrando em campo, ainda sentindo a falta de uma melhor condição física. É mais um capítulo no histórico de decepções do meia-atacante nesta sua volta ao São Paulo após 15 anos.
Em números práticos e absolutos, Oscar sofreu sua quinta contusão desde o início do ano. Iguala, assim, o total de lesões que lhe acometeu nos 12 anos que passou fora do Brasil, entre 2012 e 2024, por Chelsea, da Inglaterra, e Shanghai Port, da China.
Somada as quatro contusões antes dessa, o camisa 8 passou 175 dias se recuperando, disponível em 30 das 57 partidas realizadas pelo clube na atual temporada. Foram 23 atuações, sendo dezenove como titular e apenas nove durante os noventa minutos. Somados, são 1.591 minutos em campo, o equivalente a 31% do total jogado pela equipe.
É um índice tão baixo, que qualquer debate sobre o valor exato de seu salário se torna irrelevante: não importa se está mais perto de um milhão de reais ou de três milhões, o custo-benefício é ruim em qualquer cenário, a não ser, talvez, se o contrato fosse de um atleta recém-promovido da base.
E que acende debates internos no Morumbi. Conforme o AMT apurou, não são poucas as pessoas próximas do presidente Julio Casares que defendem a tentativa de rescisão amigável com o jogador para o ano que vem, aliviando a folha salarial. O assunto, no entanto, é evitado por ora na diretoria de futebol.
Em entrevista coletiva concedida, Casares crê que a contratação de Oscar, nos termos em que foi fechada, foi realizada de maneira responsável. O São Paulo divide a responsabilidade de pagar os salários do jogador com a Superbet, patrocinadora máster do clube.
“Acredito que o Oscar, assim como outros jogadores, foram contratações são responsáveis. O Oscar, quando optou pelo São Paulo, estava sendo pretendido por outros dois grandes clubes do Brasil. O fato dele se contundir está dentro de um panorama esportivo, de que outros jogadores também tem essa intercorrência. Nós esperamos que ele esteja no nosso elenco se recuperando e possa trazer as alegrias com o objetivo que foi contratado”, afirmou.
“Ele foi contratado com uma parceria de pouco menos da metade aportado pelo patrocinador. Isso tudo nos traz uma certeza de que a renovação com a Superbet teve também a colaboração para chegada do Oscar. Creio que a chegada do Oscar foi altamente responsável, como têm sido responsáveis por todas as contratações. É evidente que algumas não acontecem no momento. Aquelas menos evidentes acontecem no decorrer do prazo, como o caso do Marcos Antonio. Contratações tem uma subjetividade. A dinâmica depois do tempo responde à questão dos acertos e dos erros, que dependem às vezes de outros fatores”, prosseguiu o presidente.
Oscar se tornou o retrato daquilo que o São Paulo jurava evitar: investimento alto e retorno baixo de nomes que simbolizam o passado. O histórico recente de jogadores que voltaram da China já indicava o risco: Alexandre Pato, Éder Citadini, Hernanes e Miranda tiveram passagens com rendimento bem abaixo do esperado — e, desses, apenas Pato escapou das frequentes lesões.









































