
Gazeta Esportiva.com
·18 marzo 2025
Palmeiras e Cerro Porteño têm encontro pela Libertadores após caso de racismo e reclamações de Leila

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·18 marzo 2025
Palmeiras e Cerro Porteño serão adversários na fase de grupos da Libertadores de 2025. Esse é um dos confrontos definidos pelo sorteio, realizado na Conmebol, na noite desta segunda-feira. As equipes se enfrentarão após caso de racismo no sub-20, protesto e reclamações da presidente do Verdão, Leila Pereira após falta de medidas duras.
Além de Palmeiras e Cerro Porteño, estão no Grupo G Sporting Cristal, do Peru, e Bolívar, da Bolívia. A fase de grupos está marcada para acontecer entre os dias 2 de abril e 28 de maio.
Mas, não é só de agora que Palmeiras e Cerro Porteño têm seus atritos por ações inadequadas do time paraguaio. Em 2022, torcedores do Cerro imitaram macacos para torcedores do Palmeiras, durante jogo e não foi punido. Já em 2023, o então jogador do Palmeias Bruno Tabata revidou a agressão racista de parte da torcida e acabou punido, sem o Verdão conseguir reverter a suspensão aplicada pela Conmebol.
O último caso foi o racismo sofrido por Figueiredo e Luighi, em jogo da Libertadores sub-20. O caso ficou marcado pelo choro deste último, que se revoltou com a situação. Um torcedor imitou macaco em direção aos atletas, no Estádio Gunther Vogel, e Luighi ainda recebeu cusparadas.
Como punição, a Conmebol aplicou uma multa de US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil na cotação atual), pediu portões fechados para o clube no torneio e publicação, nas redes sociais, de campanha comunicacional para conscientização contra o racismo. O time paraguaio, porém, saiu logo cedo do torneio.
Revoltado, o Palmeiras contestou a pena branda e Leila protocolou um pedido para exclusão da equipe da competição, ação que foi endossada pela CBF. Representando o Palmeiras no sorteio, o vice-presidente Paulo Buosi contou se o clube terá uma “segurança especial” para o confronto e avaliou o discurso do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez sobre combate ao racismo no futebol sul-americano.
“A gente vai como vai para qualquer jogo, com toda a parte nossa de segurança, né, muito bem definida. Eu lamento que a situação seja essa. Acho que deveria estar todo mundo unido contra o racismo, que é o que a gente defende e que eles também tivessem essa bandeira, que é a bandeira para toda a sociedade”, disse ao SporTV.
“Hoje aqui o presidente fez um discurso bonito, pena que as ações não se também traduzem em ações efetivas para a gente acabar com esse grande problema, que, eu concordo com ele, a sociedade tem, mas o futebol é um grande espelho, é uma grande ferramenta, até para a gente mudar a sociedade. Na América do Sul o futebol tem um peso muito grande, então mais um detalhe ainda que a gente deveria aproveitar para mudar o que a gente consegue mudar na sociedade, para acabar com o racismo, acabar com a discriminação, acabar com a intolerância, esse é o papel nosso e nós vamos fazer isso sempre”, finalizou.