Palmeiras projeta queda de arrecadação no início de 2026 com jogos fora do Allianz Parque | OneFootball

Mesmo com a previsão de faturar cerca de R$ 62 milhões em arrecadação como mandante ao longo de 2026, o Palmeiras deve enfrentar um começo de ano financeiramente mais apertado. O motivo é conhecido: o Verdão disputará os dois primeiros meses da temporada longe do Allianz Parque, estádio onde registra suas maiores receitas de bilheteria.

Para 2026, o clube planeja arrecadar R$ 5,3 milhões em jogos nos meses de janeiro e fevereiro, valor inferior ao que havia sido projetado em 2025, quando a expectativa era de R$ 5,7 milhões no mesmo período. A diferença chama atenção porque, justamente no início do ano, o Palmeiras não poderá contar com seu principal ativo comercial nos dias de jogo.

Allianz x Barueri: o abismo financeiro

Os números ajudam a explicar o cenário. Em 2025, a arrecadação líquida média por jogo no Allianz Parque foi de R$ 1,8 milhão, enquanto em Barueri — principal alternativa usada pelo clube — esse valor caiu para R$ 454,5 mil por partida.

A discrepância já vinha se desenhando na temporada anterior. Em 2024, o Allianz apresentou uma média ainda mais robusta, de R$ 2,24 milhões por jogo, contra apenas R$ 268,8 mil em Barueri. Ou seja, jogar fora de casa — mesmo como mandante — representa uma perda significativa de potencial de receita.

Na prática, um único jogo no Allianz pode render quatro a cinco vezes mais do que uma partida disputada em Barueri, especialmente em confrontos de maior apelo, como clássicos ou fases decisivas de competições.

Planejamento conservador e impacto no caixa

Diante desse cenário, o orçamento de 2026 foi montado de forma mais conservadora para o início da temporada. A projeção menor nos dois primeiros meses reflete a realidade de bilheterias mais modestas, além de custos operacionais que seguem elevados, independentemente do estádio utilizado.

Ainda assim, a expectativa do clube é compensar essa perda ao longo do ano, com o retorno ao Allianz Parque e a realização de jogos com maior capacidade de público, programas de sócio-torcedor ativos e preços de ingressos mais elevados.