AVANTE MEU TRICOLOR
·17 giugno 2025
PARA ESQUECER? ZUBELDÍA DEIXA O SÃO PAULO COM RECORDE ABSOLUTO DE SUSPENSÕES, MAS COM MELHOR APROVEITAMENTO EM DEZ ANOS

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·17 giugno 2025
Argentino lamenta: cena se tornou comum em seus últimos dias no Morumbi (Maurício Rummens)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
Luis Zubeldía deixa o São Paulo disparado na liderança histórica de membros da comissão técnica tricolor com mais cartões amarelos (35), mais cartões vermelhos (3) e mais cartões totais (38). O segundo e o terceiro colocados dos rankings de advertências e total são dois de seus auxiliares — Gruezo (9 e 10) e Cuberas (6 e 8).
“Se tenho que me enfiar no campo e fazer a cena que fiz, é porque eu sinto assim o futebol”, disse Zubeldía no ano passado, após um dos muitos amarelos que recebeu. “Eu vou jogar cada partida do Brasileirão como se fosse uma final. E, se isso me vale três amarelos ou uma expulsão, bom… mas nenhum árbitro vai tirar de mim o sentimento. Eu vou sentir o futebol como me ensinaram.” Ele também demonstrou não estar preocupado com o excesso de cartões em outra ocasião: “Tenho um recorde de expulsões e um recorde de cartões amarelos. Minha comissão técnica está acostumada comigo sendo expulso.”
Por outro lado, ele também teve o melhor aproveitamento de pontos (58,1%) de qualquer técnico são-paulino desde a última passagem de Muricy Ramalho (2013–2015, com 59,9% dos pontos). Entretanto, é bom destacar que esses números se referem apenas aos jogos em que ele esteve no banco de reservas. Devido às duas dez suspensões, além de uma partida em que foi necessário dividir o elenco, ele não participou de onze jogos (duas vitórias, quatro empates e cinco derrotas), a maioria deles a cargo de Cuberas, que teve um aproveitamento de 16,7%.
Assim, o aproveitamento geral da era Zubeldía foi de 54,5%, o que o coloca ainda atrás de Diego Aguirre (55,8%), da segunda passagem de Rogério Ceni (55,5%) e de Fernando Diniz (54,5%, igual no arredondamento, mas 0,035 ponto percentual acima).
Zubeldía também teve a quinta passagem mais longa neste século, com 418 dias, atrás da terceira (1 264) e da segunda (574) passagens de Muricy, da segunda de Rogério Ceni (553) e da única de Fernando Diniz (494), e ligeiramente acima da primeira de Ricardo Gomes (412). Em termos de jogos, os 85 de sua passagem ficam abaixo apenas da terceira (251) e da quarta (109) passagens de Muricy e da segunda de Ceni (107).
Zubeldía ainda é o primeiro técnico do São Paulo a pedir demissão pelo desempenho desde que Cuca fez o mesmo, em setembro de 2019. Neste século, isso só aconteceu uma outra vez, também com Cuca, em setembro de 2004. No século passado, isso foi um pouco mais comum, tendo ocorrido ainda com Leônidas da Silva (1955), Aymoré Moreira (1967), Sylvio Pirillo (1968), Vail Mota (1972), José Poy (1983), Pablo Forlán (1990), Carlos Alberto Parreira (1996), Nelsinho Baptista (1998) e Paulo César Carpegiani (1999).